
Assessoria e JdeB – Autoridades do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Francisco Beltrão deram entrevista coletiva na manhã de hoje, 8, comentando sobre a Operação Rarefeito, que investiga adulteração de cilindros de oxigênio da saúde.
Quatro pessoa foram presas no Sudoeste, uma em caráter preventivo e outras três em flagrante.
Os mandados de busca e apreensão aconteceram em empresas possivelmente envolvidas com os fatos (uma em Dois Vizinhos, uma em Itapejara D´Oeste e duas em Pato Branco), seis em residências de empresários (uma em Itapejara D´Oeste e cinco em Pato Branco) e 20 em prefeituras vítimas dos crimes investigados, sendo 19 no Sudoeste (Pato Branco, Capanema, Palmas, Realeza, Ampere, Chopinzinho, Clevelândia, Dois Vizinhos, Honório Serpa, Mangueirinha, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, São João, Vitorino, Mariópolis, Itapejara D´Oeste, Bom Sucesso do Sul, Pranchita e Coronel Vivida) e um em Santa Catarina (Galvão).
Adulteração
De acordo com as apurações, uma empresa do ramo de distribuição de oxigênio, localizada em Pato Branco, fornecia a hospitais e postos de saúde cilindros com gás destinado a uso industrial – que tem grau de pureza inferior – no lugar de oxigênio medicinal (as prefeituras e instituições de saúde compravam acreditando tratar-se de oxigênio medicinal).
Essa adulteração do produto, por meio do transvase entre cilindros, acontecia sem a autorização dos órgãos responsáveis, de forma artesanal e sem nenhum cuidado sanitário para evitar a contaminação do gás. Outra ilegalidade constatada foi em relação ao volume comercializado, com os compradores pagando por volumes maiores do que os efetivamente recebidos.
Coincidência
Foi apenas uma coincidência, nesta semana, o prefeito de Francisco Beltrão, Cleber Fontana (PSDB), e presidente da Amsop, sugerir que o Ministério Público averiguasse a flutuação de preços em material da saúde, no período da pandemia e agora.
A investigação do Gaeco é outra coisa, basicamente a adulteração de oxigênio. E por conta dessas adulterações, o grupo criminoso vencia inúmeras licitações, fornecendo o produto a preço muito inferior aos cobrados no mercado.
Desde o início de 2020, o prejuízo estimado nos contratos firmados com mais de 20 municípios e entidades públicas chega a R$ 750 mil, podendo alcançar R$ 3 milhões.