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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

PROTEÇÃO À NATUREZA

Polícia Ambiental reforça fiscalização para conter desmatamentos

Orgãos estão penalizando quem não protege a vegetação. Foto: Divulgação IAT.

Por Niomar Pereira – A preocupante questão do desmatamento na região Sudoeste do Paraná tem sido alvo de fiscalizações rigorosas por parte da Polícia Ambiental. Dados enviados à reportagem do Jornal de Beltrão revelam o aumento das ocorrências e a aplicação de multas para coibir essa prática ilegal que causa danos irreparáveis ao meio ambiente.

No ano de 2021, foram registradas 196 ocorrências de desmatamento na região. A Polícia Ambiental tomou medidas enérgicas e emitiu 291 autos de infração, totalizando uma soma expressiva de mais de R$ 3,8 milhões em multas aplicadas.

O ano de 2022 mostrou um aumento preocupante nesse cenário. Foram contabilizadas 208 ocorrências de desmatamento, o que representa um crescimento em relação ao ano anterior. A Polícia Ambiental intensificou sua atuação e emitiu 321 autos de infração, resultando em multas no valor de R$ 3,7 milhões.

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No atual ano de 2023, a corporação registrou 95 ocorrências. A Polícia Ambiental aplicou 130 autos de infração, totalizando R$ 1,8 milhão em multas. Esses números refletem a importância de intensificar os esforços na proteção e preservação das áreas naturais. O desmatamento compromete a biodiversidade, afeta os recursos hídricos, contribui para a perda de habitat de diversas espécies e amplia os riscos de desequilíbrios ambientais.

A aplicação de multas significativas busca desencorajar a prática e conscientizar sobre a importância da preservação ambiental. Segundo a Polícia Ambiental, é importante ressaltar que, geralmente, o desmatamento na região está diretamente relacionado a questões de produção rural, tais como a necessidade de adequação nas lavouras e o aumento da área agrícola.

Embora a atividade agrícola seja fundamental para a economia regional, é necessário conciliá-la com a preservação ambiental. A expansão descontrolada das áreas de cultivo pode levar à supressão indiscriminada da vegetação nativa, resultando em danos irreversíveis aos ecossistemas e à biodiversidade.

De acordo com o 1° tenente João Vitor Arnas, subcomandante da 5ª Companhia do Batalhão de Polícia Ambiental, sempre que uma área de desmatamento é flagrada ela será embargada pelos órgãos ambientais. “E o produtor deverá buscar alternativas para recuperação da área degradada. Se voltar a utilizá-la [plantando na área que já foi alvo de autuação] é multado novamente. Poderá ter mais complicações na esfera criminal por isso também”, ressalta o oficial.

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