Daqui a exatamente três meses, em 5 de agosto (um domingo), será o último dia das convenções partidárias. E são as convenções que decidem os candidatos para os cargos de presidente, governador, senadores e deputados, e o prazo é de 15 dias, a começar em 20 de julho (uma sexta-feira). Hoje no Paraná, o grupo da situação tem em campo dois pré-candidatos que, aparentemente, não firmarão coligação: a governadora Cida Borghetti (PP) e o deputado estadual Ratinho Júnior (PSD), que até o ano passado exerceu a função de secretário de Desenvolvimento Urbano, uma das mais poderosas na estrutura governamental. Cida tem assumido com mais ênfase o discurso da “continuidade” da gestão de Beto Richa (PSDB), com destaque para o “municipalismo”, a presença “do governo do Estado nas parcerias”, etc. Já Ratinho tem se apresentado como “novo”, tendo como amparo as reuniões que tem feito pelo Estado, desde o fim do ano passado, “escutando a sociedade”, a fim de formalizar um futuro plano de governo.
Oposição
No campo da oposição, ainda não se sabe se o senador Roberto Requião (MDB) e o ex-senador Osmar Dias (PDT) estarão juntos na corrida eleitoral de 2018. Uma coisa se sabe: ambos não gostam do estilo da gestão de Beto Richa/Cida Borghetti. Pelo PT, a especulação é a candidatura ao governo do ex-deputado Dr. Rosinha, mas o partido não tem intensificado essa posição. Recentemente, no Legislativo, um grupo de deputados oposicionistas formou uma bancada, reunindo PDT, Podemos e SD. PT e MDB não estão participando. Mas, a rigor, são as cinco siglas que se opõem ao governo.
Situação
Ratinho e seu PSD já têm garantido apoio do PSC, PV, PR e PRB. O PP de Cida tem o apoio do PTB, e, virtualmente, do PSDB. Embora os tucanos, oficialmente, andam dizendo que somente em julho haverá uma decisão.
Nacional
No plano nacional, a três meses do último dia das convenções, a indefinição é ainda maior. Existem muitos “candidatos certos”, mas nenhum deles com alianças partidárias confirmadas. É o caso de Álvaro Dias (Podemos), Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Joaquim Barbosa (PSB),entre outros.