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terça-feira, 03 de junho de 2025

Edição 8.217

03/06/2025

Agilberto reassume Prefeitura de Itapejara em situação ”extremamente delicada”

 

Agilberto Perin, prefeito de Itapejara D`Oeste 2017-2020, calcula que recebeu a Prefeitura com R$ 15 milhões de dívida,
quase metade do orçamento anual. 
Foto: Ivo Pegoraro/ JdeB

 

Agilberto Perin (PP), que foi prefeito de Itapejara D`Oeste na gestão 2009/2012, reassumiu agora para mais quatro anos. Sua preocupação é com a situação financeira da Prefeitura. Ao participar da reunião da Amsop em Francisco Beltrão, ontem, 6, ele concedeu esta entrevista ao Jornal de Beltrão, enfatizando que “a situação do município de Itapejara é extremamente preocupante”.

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JdeB – Prefeito Agilberto Perin, como foi que o senhor reassumiu a Prefeitura depois de passar quatro anos fora dela?
Agilberto –
Nós estamos ainda fazendo levantamento, mas a situação do município de Itapejara é extremamente delicada. Eu diria hoje que, sem sombra de dúvidas, é a pior ou uma das piores dos municípios em termos econômicos e financeiros do Sudoeste do Paraná. Nós temos uma situação que, eu já vinha comentando na imprensa de todas as maneiras que posso, em função de um precatório que nós temos a pagar no valor de cinco milhões e oitocentos mil reais, que é uma das decisões mais absurdas que já vi na justiça: um funcionário, profissional médico que trabalhou quarenta meses, recebendo em valores atualizados, R$ 30, 40 mil por mês, daria um milhão e quatrocentos e ganha cinco milhões e oitocentos em direitos nessa situação. É uma conta que teremos que pagar neste ano. Somado a isso, temos o prefeito que nos antecedeu, que usou toda a capacidade de endividamento do município com financiamentos e sobrou um saldo de restos a pagar que, somado a alguns detalhes, como terço de férias não pago, rescisões por aposentadoria, vai passar a casa dos três milhões de reais. Então nós temos um comprometimento que supera os 15 milhões de reais para uma receita em torno de 32, 33 milhões de reais anuais. É uma dívida teoricamente impagável. Vamos ver na prática o que poderemos fazer, mas nós temos uma situação extremamente delicada em Itapejara. 

O senhor está refazendo planos sobre o que prometeu na campanha?
Na verdade, fiz uma campanha sem comprometimento, sem promessa de emprego, sem promessas fantasiosas. É evidente que temos que cuidar muito do setor de saúde e educação e não podemos deixar padecer isso. Vamos procurar fazer os investimentos que sejam frutos, talvez, de convênios e que não tenham uma contrapartida muito elevada por parte do município e tentar fazer o básico, que é o que temos condições nesse momento.

A Amsop está apresentando as 21 medidas para contenção de gastos, como o senhor avalia?
Eu acho que são de grande valia. Na gestão de 2009/2012, muitas dessas medidas que estão sendo apresentadas agora nós tomamos naquela época. Eu sempre tive um conceito de que, para o administrador público, uma das virtudes é dizer não e essa situação atual, diante da situação política e econômica que vivem o País, o Estado e os municípios, nós com certeza teremos que tomar essas medidas. Vamos procurar adotar e ser companheiro dos prefeitos da região.

E qual sua expectativa de relacionamento com a sua Câmara de Vereadores?
Na próxima semana faremos uma reunião e colocaremos a real situação em que se encontra o município. A grande maioria já tem consciência das dificuldades e tenho certeza que será parceira no encaminhamento dos projetos, das ansiedades do nosso povo e com certeza faremos uma parceria para o melhor do município.

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