
Não há nada de anormal quando se especula sobre política e o futuro eleitoral dos protagonistas. Até porque, quando não há definição absoluta, as conversas se avolumam e muita coisa pode acontecer. É da natureza da política.
O Paraná começa 2018 com duas fortes sinalizações, com as pré-candidaturas ao Governo do Estado do deputado estadual Ratinho Júnior (PSD) e, pela oposição, do ex-senador Osmar Dias (PDT).
Mas não é tão simples, porque a vice-governadora Cida Borguetti (PP), que deve assumir o Palácio Iguaçu em abril – porque considera-se certo que o governador Beto Richa (PSDB) vai renunciar para concorrer a uma das vagas ao Senado -, vai querer se fortalecer e buscar uma condição de ser candidata à reeleição.

Ratinho Júnior, do PSD.
O senador Roberto Requião (PMDB) também deve começar a se mexer, quem sabe trabalhando uma candidatura ao governo ou sua reeleição.
Num pelotão mais atrás, o prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho (PPS), está experimentando achar uma lacuna para, quem sabe, concorrer. O presidente da Fiep, empresário Edson Campagnolo, assinou ficha no PRB e já foi relacionado em pesquisa da Paraná Pesquisa, em dezembro passado.
Desses nomes todos, Ratinho é o que tem aparecido mais convicto, promovendo encontros pelo Paraná, como aconteceu em novembro passado em Francisco Beltrão. Com o apoio do grupo do governador Beto Richa, deve construir uma grande aliança, garantindo bom tempo de TV.

Osmar também tem percorrido o Estado e deve aparecer pelo Sudoeste no começo deste ano. Sua situação depende da estratégia da oposição: estar unida como em 2010 (quando PT e PMDB apoiaram Osmar) ou fragmentada como em 2014 (Requião e a petista Gleisi Hoffmann foram candidatos ao governo e Osmar apoiou Gleisi). Em ambas disputas, porém, Beto Richa venceu no primeiro turno.
Os novatos na corrida ao Palácio, Silvestri Filho e Edson, só conseguirão ter um respaldo maior na medida que aparecerem mais e obtiverem êxito nas conversas para a formação de alianças – o mesmo vale para Cida Borguetti.