Política
O apoio do senador Tasso Jereissati (CE) à postulação do governador Eduardo Leite (RS) em ser o candidato a presidente pelo PSDB em 2022 dividiu membros da cúpula partidária. Entre a maioria dos ouvidos, o fato de que Tasso dizer que Leite seria um presidenciável melhor do que o governador João Doria (SP) porque estaria disposto a abria mão da cabeça da chapa foi uma sinalização.
Para eles, o cearense quer que a empreitada seja liderada pelo seu aliado Ciro Gomes (PDT-CE). Tasso havia se colocado na disputa, ao lado dos dois governadores e do ex-prefeito manauara Arthur Virgílio. Assim como era sabido desde o começo que o cearense debandaria em favor de Leite, há a expectativa de que o amazonense acabe apoiando Doria.
Para alguns desses tucanos, o partido corre risco existencial se abrir mão de disputar o jogo nacional com um nome próprio.
Outros acreditam exatamente no contrário: que ter um candidato que possa repetir o vexame dos menos de 5% de Geraldo Alckmin em 2018 seria fatal.
Todo esse debate reflete o momento de uma onda pró-Leite dentro do partido. Um jantar entre líderes avaliou que o gaúcho é mais palatável a aliados do que o assertivo Doria.