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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Estamos de luto. Perdemos um grande líder, diz Juan Artigas Souza Luz

Política

Perdemos um dos maiores políticos da história do Paraná e, sem dúvida nenhuma, o maior do Sudoeste. Dificilmente teremos outro parlamentar que contribua na dimensão dos benefícios concedidos para o desenvolvimento Regional e Estadual.
Quem conhecia Nelson Meurer sabia que poucas pessoas tinham o seu grande coração que se refletia na sua bondade e na sua generosidade. Sou testemunha de dezenas de pessoas que receberam seu apoio político e pessoal e mesmo não o reconhecendo continuava a ajudar da mesma forma. Sempre pronto para solucionar os problemas que lhe traziam, e agilizar solicitações pessoais ou coletivos.
Provavelmente mais da metade de sua vida foi dedicada à carreira política, a qual exercia com determinação e paixão, e nunca seu cargo como Deputado Federal elevou seu ego, manteve sua humildade e sua presença em todos os momentos que seu cargo exigia, infinitas viagens, longos períodos longe da família, mesmo doente não abandonava os compromissos.
Há nove meses estava preso, o que nos faz acreditar que tenha errado na sua conduta como parlamentar, pois foi julgado e condenado por uma sentença judicial, e também não estamos defendendo sua absolvição para a pena decretada, mas o que revolta é a forma discriminatória como foi tratado frente a uma pandemia na qual estava extremamente vulnerável, e quando inúmeras outras pessoas que estavam no mesmo processo e denunciados pelo mesmo delator foram absolvidos, ou pelo menos liberadas frente à pandemia, por serem enquadrados no grupo de risco.
Durante esse período, seus advogados fizeram vários pedidos de habeas-corpus, todos negados. O último em junho, quando o número de pessoas infectadas pelo Covid-19 começava a crescer no município de Francisco Beltrão. A Segunda Turma do STF julgou o pedido de prisão domiciliar humanitária no plenário virtual. Os ministros Édson Fachin e Celso de Mello rejeitaram e os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram pela concessão do benefício diante do estado de saúde do ex-deputado, pois era diabético, cardíaco, hipertenso, com problemas renais e tinha quase 78 anos, qualquer leigo saberia o comprometimento destes problemas para uma pessoa exposta ao vírus. A ministra Carmen Lúcia desempatou acompanhando o voto de Fachin. Neste momento foi “decretada a pena de morte” ao nobre Deputado Nelson Meurer.
Mas temos o consolo de sua partida, por ter deixado o legado como ser humano, político, cidadão e amigo ao qual esperamos que tenha o descanso merecido.

Juan Artigas Souza Luz
Vice-presidente do Partido Progressista de Francisco Beltrão

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