Deputada diz que medida traria alívio para famílias necessitadas.
Os leitos das UTIs de praticamente todos os hospitais do Estado do Paraná estão lotados e com filas de espera em função da Covid-19. Mesmo com a vacinação em andamento, a situação ainda é preocupante. A deputada Luciana Rafagnin (PT) afirma que é urgente que o estado tome providências para que possa amenizar a situação das famílias, que muitas vezes não têm condições de pagar pelas despesas hospitalares.
Prioridade é a vida
Luciana concedeu entrevista aos comunicadores Luiz Carlos Baggio, Everton Leite e Rafael Júnior, no programa Encontro Marcado, da Ação TV, na manhã de sábado, 3. Ela diz que está trabalhando para encaminhar uma proposta ao governo estadual, para que negocie com os hospitais que prestam atendimento particular e que as despesas, em casos de famílias carentes e necessitadas, sejam custeadas pelo Estado. “Por que não o Estado assumir os leitos dos hospitais privados? Estamos tratando de vidas. A prioridade tem que ser a vida. O estado precisa negociar com os hospitais privados”, enfatiza.
Investimento em Saúde
De acordo com Luciana, hoje o que o Estado investe em Saúde está abaixo daquilo que deve ser o mínimo para que a população tenha um atendimento com mais qualidade. Luciana conta que está trabalhando na Assembleia para que o índice ideal possa ser alcançado. “Porque hoje investe apenas 8% em Saúde, quando o mínimo deveria ser de 12%”, diz.
Projeto transparência
Outro encaminhamento que Luciana deve fazer é com relação à transparência na fila dos atendimentos. Hoje, em caso de atendimento mais especializado, não é possível saber quantas pessoas estão na frente. “Queremos que todos sejam tratados da melhor forma”, diz. Esse projeto está na Assembleia desde 2019 e já passou na Comissão de Constituição e Justiça.
Violência doméstica
Uma das pautas que a deputada Luciana sempre defendeu é com relação ao atendimento às necessidades das mulheres. Segundo ela, apesar de algumas evoluções, a cultura patriarcal ainda é muito forte em todo o país e é necessário que seja feito um trabalho especial de atendimento às mulheres. “Nossa proposta é que, em cada delegacia de Polícia Civil do Estado, tenhamos uma sala para atendimento especial às mulheres, cada uma com atendimento psicológico e de assistente social. Hoje, temos apenas 20 Delegacias da Mulher no Paraná e muitas vezes as mulheres desistem de fazer o registro em função do constrangimento.”
Denúncias pelo Whats
Há ainda um outro projeto no qual Luciana está trabalhando para atender principalmente às mulheres que sofrem violência doméstica, que teve aumento considerável durante o período de isolamento social. “É um número de WhatsApp que recebe apenas mensagens. Evita que as mulheres passem por momentos constrangedores na hora de fazer as denúncias. É um projeto que não gera despesas”, destaca.
