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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Impeachment x VAR, qual o mais vulgar?

Política

No futebol, um pedido do VAR (Video Assistant Referee) pode resultar na confirmação ou anulação de um gol, marcação ou não de um pênalti, expulsão ou não de um jogador. Na política, um pedido de impeachment pode resultar no afastamento ou não do presidente da República. Qual dos dois está sendo mais utilizado?
Difícil responder porque se trata de temas bem diferentes. Mas alguns números mostram que são usados intensamente. Estudo do jornalista Marcel Rizzo (UOL 24-8-19) mostra que a média de checagens do VAR no Campeonato Brasileiro estava em 6,1 por jogo. Checar, neste caso, é confirmar ou contestar a decisão do árbitro. Os pedidos de revisão pelo VAR (que seriam as apresentações formais de impeachment) têm uma queda de 90%, ou seja, de cada dez checagens, apenas uma é apresentada ao árbitro.

Daqueles 10% de checagens que o árbitro recebe, cerca de 80% resultam em mudança de decisão, o que corresponderia, na política, em afastamento do presidente.

Bolsonaro é o campeão de pedidos de impeachment
Circula pela internet uma tabela de pedidos de impeachment dos últimos sete presidentes do Brasil (da Publica – Agencia de Jornalismo Investigativo). O campeão, tanto em quantidade como proporcinalmente ao período de governo, é o atual, Jair Bolsonaro. Já lhe fizeram 61 pedidos de impeachment, em 25 meses de governo. Dá a média de 2,44 pedidos por mês. E até agora, nenhum foi aprovado pelo Congresso ou, comparando com o VAR, nenhuma vez o juiz foi chamado para conferir o lance pelo vídeo.

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O menos questionado com pedido de impeachment foi Itamar Franco: 0,16 por mês.

Quantidade x assiduidade dos pedidos de impeachment
Na classificação por quantidade de pedidos, depois de Bolsonaro com 61 vem Dilma Rousseff com 68, Lula com 37, Michel Temer com 31, Fernando Collor com 29, FHC com 24 e Itamar Franco com 4.
Mas na assiduidade, ou a cada quanto tempo o presidente recebeu um pedido de impeachment, a classificação é a seguinte: Bolsonaro 2,44 por mês, Temer 1,4, Collor 1,3, Dilma 1, Lula 0,38, FHC 0,25 e Itamar Franco 0,16.

Só dois afastados
De todos esses 254 pedidos de impeachment, somente dois foram até o fim e derrubaram presidentes: Fernano Collor em 1992 e Dilma Rousseff em 2016.

 

 

 

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