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terça-feira, 03 de junho de 2025

Edição 8.217

03/06/2025

Lauro Giacomini e Marcos Nonemacher: DV precisa quebrar síndrome do ‘patinho feio’

Política

Jair Bonato com os candidatos Lauro e Marcos.

Foto: Divulgação/Rádio Educadora

Na série de entrevistas que a Rádio Educadora vem realizando com os candidatos ao Executivo, de Dois Vizinhos, ontem, foi a vez de Lauro Giacomini (PV) e Marcos Nonemacher (Podemos), respectivamente candidatos a prefeito e vice, falarem aos ouvintes.

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A entrevista foi coordenada por Jair Bonato. Neste espaço, o JdeB publica parte da entrevista.

Relacionamento com os governos e a sociedade
Lauro – Não posso esperar que o Guto Silva, o Vermelho, a Leandre, o deputado Paulo ou o ex-deputado Assis do Couto, quem for que seja, faça o que é de responsabilidade minha. Primeiro: DV precisa quebrar a “síndrome do patinho feio”; achar que tudo pode ir pra Pato Branco, Francisco Beltrão e nós não podemos nada. Mas, quem tem que fazer isso é o prefeito! Dois Vizinhos já viveu dois momentos assim. Em 2010, o Beto Richa ganhou e o prefeito de DV era alinhado com ele; o que que veio para Dois Vizinhos? Nada! Agora nós não vivemos um momento assim? Os empresários que bancam a campanha de um dos nossos adversários, não dizem que são do Governo do Ratinho, o qual ajudei a eleger e tenho orgulho? O que veio para DV? Nada! Então, não adianta eu esperar que o Guto, o Paulo e a Leandre façam a diferença, se o prefeito não tiver vontade política de fazer. Dois Vizinhos precisa ter vontade política. Dois Vizinhos, o prefeito tem que levantar a bunda da cadeira, os secretários também e fazer o tem que ser feito. A nossa principal ação é acabar com essa história de que não tem projeto, de que um joga pro outro. O primeiro ato do Lauro Giacomini, sendo do prefeito, vai ser a licitação de seis grandes projetos: o Contorno Sul; a rodoviária, de frente à Avenida das Torres; ampliação e os leitos de UTI. do Hospital Pró-Vida; novo Parque Empresarial; um grande projeto de mobilidade urbana, começando nos bairros.
Marcos – A nossa gestão será inteligente, eficiente e participativa. Quando nós falamos em participação é envolver você, cidadão, na participação dos problemas como um todo da cidade. Esses cidadãos estão organizados na sociedade civil. Nós temos dezenas de entidades muito ativas em Dois Vizinhos: Associação Empresarial, os clubes de serviço Rotary, Lions, as entidades assistenciais… Todas essas entidades serão convidadas a participar da nossa gestão. Não podemos pensar somente local. Se nós quisermos desenvolver, se nós quisermos resgatar esse protagonismo, temos que pensar regionalmente, estadualmente. As entidades regionais, a exemplo do Sebrae, de Cacispar, a da Agência de Desenvolvimento do Sudoeste – a qual nós conhecemos e participamos no dia a dia – nós interagimos com essas entidades.

Projeto Dois Vizinhos 2030
Lauro – Esse é um projeto daquilo que a gente tem que resgatar em DV. São quase 300 pessoas voluntárias, que vão lá e doam o seu tempo, pensando num Dois Vizinhos melhor, no futuro para Dois Vizinhos. Então, do fundo do coração, eu quero agradecê-los por essa disponibilidade e esse desprendimento. Contem com a gente. As portas da Prefeitura estarão abertas para os grandes projetos como são esses.
Marcos – Se fala tanto desse programa e, muitas vezes, nós, nem nos damos conta, não sabemos ao certo o que é. Eu gostaria de explicar para a população o que é esse projeto. Ele já vem sendo construído desde 2015. Ele foi inspirado numa experiência de Jaraguá do Sul (SC); algo que a sociedade de lá, em função da maturidade que se tem, já implementa isso há muitos anos. O que é esse projeto? Nada mais do que transformar o Norte do município, o direcionamento no município, em algo que a sociedade defina o que é importante, o que é prioritário, o que ela quer para o município, independente de quem é o gestor público.

Geração de empregos
Marcos – A geração de emprego e renda passa muito pela questão do pequeno empresário. As estatísticas do Sebrae mostram que 60% do emprego é gerado pela pequena e média empresa. Quando falamos de pequena e média empresa, o parque industrial novo, isso aí é importantíssimo pra dar sustentação pra essas empresas, mas não é só isso. Essa pequena e média empresa precisa de acompanhamento, capacitação, orientação e aí, novamente os parceiros. O município tem que ser protagonista, tem que puxar a frente disso, mas ele tem que contar com as parcerias: a própria Associação Empresarial, o Sebrae, nas consultorias, tudo isso. Então, nós seremos uma gestão que estaremos abertos a implementar essas iniciativas. Existem municípios – aqui no Sudoeste mesmo – que fazem parte da Sociedade Garantidora de Crédito, que aportam um recurso pra facilitar o crédito para que o pequeno e médio possam ter acesso a isso. Como seria se Dois Vizinhos tivesse isso também? Estaremos estudando a viabilidade para ser implementado. Apoiar a questão de incubadoras tecnológicas, incubadoras industriais, outros segmentos; a formação profissional; a capacitação dos jovens, primeiro aprendiz; iniciativas na qual a gente já tem uma experiência.
Lauro – Nesse compromisso do desenvolvimento, uma das coisas que a gente mais tem escutado e quando você fala em oportunidades: Dois Vizinhos, hoje vive um marasmo nessa questão industrial e de oportunidades. O que tem de empresas de fundo de quintal, que só precisa de uma oportunidade. Um dos nossos grandes projetos, nós vamos licitar um novo parque empresarial para DV. Hoje, se uma grande empresa vir aqui eu quero comprar um terreno industrial em DV, não consigo. Nos primeiros meses de governo já desenvolver isso. Não é uma questão de compromisso político, é uma questão de necessidade para o desenvolvimento. Temos compromisso de fazer uma gestão técnica: o secretário de Indústria, Comércio e Tecnologia será escolhido pela Associação Comercial de Dois Vizinhos e pelo Núcleo dos Industriários de DV.

Educação
Lauro –Nós precisamos valorizar os profissionais. Como se valoriza esses profissionais? Não é só um salário. É formação continuada, é um material de qualidade. Nós nos comprometemos a fazer o que São Jorge D’Oeste e Boa Esperança do Iguaçu fazem: o material similar ao Positivo para as crianças da rede pública municipal. Sabe quanto custa isso? É a oportunidade do filho do pobre ter a mesma apostila que o filho do rico usa. Sabe quanto custa isso? Mas, pra alguns, isso é uma atrocidade, isso custa um milhão. Sabe da onde vai ser o dinheiro, povo? Eu vou cortar o parquímetro. Só o parquímetro, em Dois Vizinhos, custa 500 mil, os radares 600 mil. Com o dinheiro disso, vou comprar – no primeiro mês – o material didático similar ao Positivo, para que o teu filho e para que os professores tenham formação continuada. Pare com aquele negócio de ficar tirando xerox. Precisamos pensar na próxima geração, precisamos dar qualidade de ensino e os professores sabem do que eu tô falando. Outra questão: quando se fala em infraestrutura, a questão da parceria público-privada que existe hoje, nós precisamos entrar na Prefeitura e entender esse processo, porque existe uma taxa decrescente de crianças, as famílias estão ficando menores. Então, não adianta eu ser leviano, aqui, dizer que eu vou construir duas novas creches, pra talvez daqui a três, quatro anos ficarem obsoletas. Há de acontecer um estudo técnico em cima disso. Precisamos, sim, melhorar a infraestrutura, precisamos, sim, buscar novos colégios.
Marcos – Colégio Sesi é outra pedra preciosa que nós temos em DV, assim como a UTFPR. Posso falar, porque conheço bem, meus filhos estudam no Sesi. Se depender do Lauro e do Marcos, Colégio Sesi não vai deixar Dois Vizinhos.

Infraestrutura urbana
Lauro – Revisão geral em tudo. Começa na Lei 1.529, que aprova o loteamento e vai parar no Plano Diretor de DV. Primeiro: a Lei 1.529 – que institui a lei de loteamentos – já está obsoleta. Então, nós precisamos revisá-la. Se a luz de Led é o que hoje economiza, clareia, dá segurança pública, por que não colocar desde o início? Por que fazer a troca? Isso é inteligência. Fazer um grande projeto em cima disso. Mas, não é esses projetos que demoram quatro anos, é um estudo de viabilidade. Quando você fala nessa questão de infraestrutura da cidade, temos que começar com um grande projeto de acessibilidade, de embelezamento, de arborização. Temos que aproveitar, capitalizar – principalmente o nosso Centro Sul. Hoje, ele precisa de uma organização, embelezamento. Precisamos entrar nos bairros; precisamos pegar o Bairro Esperança, o Bairro Meredik, construir espaços de lazer; precisamos colocar super postes de iluminação; precisamos fazer calçadas de qualidade; levar esse acesso; nós precisamos de uma cidade mais limpa; uma cidade mais segura. É preciso que a gente busque meios de transportes alternativos; é preciso pensar uma cidade inteligente; é preciso gastar o dinheiro bem.

Saúde pública
Lauro – Nós precisamos, primeiro – antes de prometer algo novo – nós vamos otimizar todos os serviços públicos. Não adianta eu vir aqui, o Lauro prometer, porque eu vou prometer PSF, eu vou prometer… Não! Nós vamos pegar, primeiro: pegar as estruturas existentes e transformá-las em mais eficazes para que a população ganhe com isso. Então, com medidas práticas e simples. Há dois anos, DV perdeu algumas grandes oportunidades por erros cometidos no passado. “UPA! Vamos construir a UPA”. A UPA é um programa que o governo federal ajuda bancar. DV. ganhou a UPA, transformou ela num Ciem, sem efetividade nenhuma, porque os caras continuam indo atender as especialidades em Francisco Beltrão e Pato Branco;

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