Municípios grandes, como Beltrão, Dois Vizinhos e Palmas não elegeram nenhuma mulher.

Uma análise dos dados do TSE, realizada pelo Instituto Update, mostra que 17% dos municípios brasileiros não terão mulheres como vereadoras de 2021 a 24. No Sudoeste, o percentual é maior, 21%.
São nove municípios sudoestinos que não terão assentos femininos nos seus legislativos futuros, inclusive em três municípios grandes — Francisco Beltrão (66 mil eleitores), Dois Vizinhos (31,7 mil) e Palmas (31,13 mil).
Os outros seis são Manfrinópolis, Coronel Domingos Soares, Nova Prata do Iguaçu, Pérola D´Oeste, Pinhal de São Bento e Salto do Lontra.
Os números nacionais mostram ainda que apenas 15% das câmaras municipais

terão em sua composição uma proporção de mulheres igual ou superior a 30% – parcela reservada por lei a candidaturas para cada sexo em eleições proporcionais.
Nesse quesito, no entanto, o Sudoeste supera o Brasil, pois em sete dos 42 municípios (16,5%) haverá 33% de cadeiras femininas em seus quadros — três,
num universo de nove eleitos: Marmeleiro, Planalto, Renascença, Santa Izabel do
Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, Eneas Marques e Vitorino. No total, 52 mulheres sudoestinas foram eleitas (para 388 vagas, ou seja, 13%).
E três sudoestinas foram as mais votadas em seus municípios no pleito de 15 de

novembro — Marilene Tuca Biavatti (PT de Boa Esperança do Iguaçu), Edevânia da Cruz (PSC de Honório Serpa) e Joseane Martarello (PSL de Vitorino). Aliás, Vitorino teve também a segunda mais bem votada entre os nove eleitos, Ilani Desordi da Silva (PRTB).