Política

“Acredito que está provado que TV e rádio não interferem mais no voto. As mídias sociais, sim, estão cada vez mais ativas e influenciadoras. E são mais igualitárias.”
A análise é de Flávio Galeazzi, do Departamento de Turismo de Dois Vizinhos, respondendo à enquete do Jornal de Beltrão: “Você acha que em 2022 o tempo de TV/rádio será decisivo na eleição presidencial? Ou não, será indiferente ter mais ou menos tempo de TV/rádio (como foi em 2018)?”.

“Para mim, o tempo de rádio e o tempo de TV não têm tanta importância. As redes sociais, sim, serão decisivas”, reforçou o agrônomo Luiz Carniel, de Marmeleiro.
Pois foram exatamente as redes sociais que impulsionaram a candidatura do deputado federal do Rio de Janeiro Jair Bolsonaro em 2018. Ele estava no PSL e o candidato a vice-presidente, general Hamilton Mourão, no PRTB, duas legendas nanicas, que somadas davam sete segundos no horário eleitoral; e as inserções diárias eram praticamente uma a cada 15 dias.
A candidatura cresceu — além das redes, registre-se o noticiário do dia a dia, porque Bolsonaro desde sempre teve dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto.
O empresário de Francisco Beltrão Celso Almeida, bolsonarista da linha de frente, acredita que rádio e TV “podem ajudar”. Mas ele faz questão de lembrar de 2018, “quando a campanha de Bolsonaro foi vitoriosa sem tempo no horário eleitoral”.

Para 2022, no entanto, Bolsonaro terá muito tempo, talvez o maior entre todos, porque se filiou no PL e a coligação terá também PP, Republicanos e PTB — legendas que, somadas, passam de 100 deputados, e isso é um bom tempo no horário eleitoral, semelhante ao PT, que deve se aliar com PSB, PDT e PC do B, totalizando também mais de 100 cadeiras.
Para finalizar, Eduardo Scirea, do PT, ex-vice-prefeito de Beltrão: “Tempo de rádio e TY deixou de ser decisivo para ser importante item de campanha. Decisiva é uma boa campanha nas redes sociais”.
