Agradeço ao MBL pelo tempo em que estive dentro do Movimento, agradeço por todas as amizades feitas e por todos ensinamentos que lá adquiri.
Pois é, após três anos e três meses como coordenador do Movimento Brasil Livre, decidi sair. Muitos me perguntam acerca dos motivos que me levaram a tomar essa decisão, então estou escrevendo esta coluna para esclarecer sobre a minha saída.
Primeiro devo ponderar que não houve briga com nenhum coordenador nem membro do MBL, foi uma saída amigável. O início da minha saída do Movimento começou por volta da metade final de 2019, quando as discordâncias começavam a crescer; entretanto, com a ida ao 5º Congresso Nacional do MBL, realizado em São Paulo, após o núcleo de Francisco Beltrão ter sido considerado o melhor do Brasil e eu ter sido indicado entre os cinco ativistas do ano (o único do sul do país), decidi adiar minha saída.
Algo que sempre me incomodou dentro do MBL foi a centralização da tomada das decisões: um grupo muito restrito de São Paulo decide o que o resto do Brasil fará, sem a devida participação dos estados e municípios na tomada das decisões. Em muitas vezes, mesmo no tempo em que coordenei o MBL estadual, o núcleo nacional do MBL apenas comunicava o que seria feito, sem ao menos consultar os coordenadores para saber a nossa opinião sobre aquele ato.
Enfim, havia planejado me despedir no dia do 4º Congresso Estadual do MBL Paraná; entretanto, devido à Covid-19, o evento foi cancelado. Por conta do cancelamento do evento, acabei novamente adiando minha saída, permanecendo dentro do Movimento (mesmo que em pensamento estando fora dele).
Até que chegou o dia do anúncio, em 1º de agosto de 2020 publiquei em minhas redes sociais um texto me despedindo do Movimento, desejando sorte aos membros que ainda permanecem lá e torcendo pelo sucesso dos mesmos. Agora, mesmo fora do MBL, continuo no ativismo político, focado em seguir pregando as ideias de liberdade em Francisco Beltrão e desejando construir uma cidade cada vez melhor.
Agradeço ao MBL pelo tempo em que estive dentro do Movimento, agradeço por todas as amizades feitas e por todos ensinamentos que lá adquiri.
Bruno Savarro, acadêmico de Direito
no Cesul de Francisco Beltrão
