Para ele, as palavras “empatia” e “solidariedade” externam sua visão de mundo.
Se o odontólogo Eduardo Scirea foi politicamente radical um dia, esse dia ficou para trás há tempos. Ao entrevistá-lo, principalmente depois da experiência de ter sido vice-prefeito de Francisco Beltrão (2013-16) e secretário municipal na gestão do prefeito Cantelmo Neto, percebe-se um tom moderado, tranquilo, quando as palavras “empatia” e “solidariedade” cumprem importante papel no seu vocabulário para externar sua visão de mundo.
Outra expressão que também vem amiúde: “o ser antes do ter”, como síntese do que pensa sobre a administração pública.
E mais: para Eduardo, pré-candidato a prefeito em 2020, se for ele o escolhido como candidato do grupo de oposição a Cleber Fontana (PSDB), “a campanha não será negativa, de ataque, será propositiva, defendendo a volta de Beltrão como município líder em ICMS, por exemplo, com saúde e educação e creches de excelência, para cuidar bem das crianças e das pessoas, ter essa empatia, saber se colocar no lugar do outro e perceber a necessidade, e, assim, ajudar, ter sempre essa solidariedade presente, o ser antes do ter; boas estradas do interior, porque o apoio para a agricultura familiar é importante; a política, eu entendo, é uma construção em etapas e não cabe mais criticar por criticar; vamos melhorar”, promete Eduardo.
E para exemplificar isso de “construção em etapas”, ele cita o Hospital Regional do Sudoeste e o curso de Medicina da Unioeste.

Hospital Regional e o curso de Medicina
Eduardo: “o Hospital Regional, inaugurado em 2010, no governo de Roberto Requião [2003-10], teve seu pontapé inicial quando Luciana Rafagnin assumiu interinamente a função de deputada estadual, em 1999, apresentando um requerimento nesse sentido. Depois Luciana assumiu como deputada titular, em 2001, e levou adiante essa bandeira. E foi o Hospital Regional em funcionamento que deu força para que uma nova luta fosse levada adiante: a do curso de Medicina da Unioeste, homologado em 2011, com vestibular em 2012 e desde 2013 com turmas cheias todos os anos”.
Funcionário público há 32 anos, e há 37 com a filiação ininterrupta no PT, Eduardo Scirea — casado com a odontóloga Leni Weis Scirea; o casal tem uma filha, a jornalista Bruna Weis Scirea — mostra-se animado para trabalhar “por uma candidatura de oposição, sem criticar por criticar, mas por um novo projeto”. Na oposição, além do PT, tem MDB, PDT, PSB, PV e PSL.
Rodovias
Uma das metas, observa Eduardo, é abraçar a causa que está no item número um da Carta do Sudoeste — documento coordenado pela Amsop com propostas de desenvolvimento —, ou seja, a urgência na melhoria das rodovias da região, principalmente o Corredor Sudoeste (PR-280), para um escoamento da produção com mais segurança.
“Mas quando teve debate sobre as rodovias, só se falou no preço do pedágio, aí não, antes tem de vir um planejamento e o governo deve investir, depois o pedágio, barato, para a manutenção”, defende.