Desde a prisão do doleiro Alberto Youssef e as suspeitas da relação dele com o deputado André Vargas (sem partido), a imprensa investigou sobre doações de campanha de 2010. O deputado federal Nelson Meurer (PP) foi citado em reportagens dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Gazeta do Povo e pela revista Veja, além do Jornal de Beltrão. Ouvido, Meurer respondeu de forma tranquila, informando que suas contas estavam todas devidamente registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – como de fato pode ser comprovado pelo site www.tse.jus.br – e não havia irregularidade nenhuma. Afinal, se tivesse alguma dúvida, seu nome estaria no Conselho de Ética, e não está.
Nesta semana, o JdeB investigou mais uma vez. Doações para campanhas fazem parte da tradição da democracia brasileira. Os gigantes PT, PMDB e PSDB, por exemplo, concentraram cerca de 60% dos recursos arrecadados.
As grandes empreiteiras representam 72% dessas doações: Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e OAS são as principais. E o rigor do TSE é cada vez mais acentuado.
Meurer na campanha de 2010 teve gastos em torno de R$ 960 mil. Da Construtora Queiroz Galvão foram dois repasses de R$ 250 mil (confira abaixo a planilha completa). O deputado federal Osmar Serráglio (PMDB), por exemplo, recebeu R$ 200 mil da Carvalho Hosken – o total de sua campanha foi de cerca de R$ 1 milhão). Já Zeca Dirceu (PT) totalizou mais, cerca de R$ 1,8 milhão – e tudo devidamente registrado pelo Tribunal.