“Defendemos um poder público enxuto, e vamos apresentar essa alternativa para o eleitorado”, diz Talles Vanderlinde, pré-candidato a prefeito.

O PSL (Partido Social Liberal) de Francisco Beltrão está se preparando para as eleições deste ano com chapa para prefeito e nominata para a Câmara de Vereadores.
Nesta semana, o pré-candidato a prefeito Talles Vanderlinde visitou o Jornal de Beltrão. Ele é vice-presidente da legenda e estava acompanhado dos dirigentes Pedro Tufão Filho (1º tesoureiro) e Salézio “Tur” Santos (2º tesoureiro).
Proposta de renovação
“Nossa proposta é de renovação, com nomes novos, novas ideias; e vamos propor uma gestão descentralizada”, disse Talles.
A palavra “renovação” é uma constante na fala dos dirigentes do partido. “Algumas pessoas com mandato quiseram vir para o partido, mas a gente explicou que prefere uma formação nova, sem cacique”, afirmou Talles.
O partido tem conversado com o PRTB e o grupo bolsonarista que trabalha pela formação do Aliança pelo Brasil.
“Defendemos um poder público enxuto, e vamos apresentar essa alternativa para o eleitorado”, disse Talles, que está estreando na política partidária nesse processo eleitoral.
A ideia de um poder público enxuto quer dizer, destaca Talles, menos cargos de confiança e menos secretarias.
“Essa verba economizada irá para áreas essenciais, como saúde, educação, segurança”, exemplifica
Ele argumenta ainda que a campanha do PSL “não será de críticas, de ficar falando mal; nós vamos apresentar nossa proposta, que está sendo discutida em reuniões, pelos bairros, e colocar isso na campanha de forma tranquila e objetiva”, completou.
Deputados e candidatos a vereador
Os dirigentes lembram que o partido terá apoio de parlamentares do PSL, citando em especial Luiz Fernando Guerra, Missionário Ricardo Arruda e Delegado Fernando Francischini (estaduais) e Felipe Francischini (federal) como figuras públicas de prestígio para carimbar apoio político à campanha do partido em Beltrão.
Segundo os sociais liberais, a ideia do PSL é apresentar de 15 a 20 nomes para a corrida legislativa (são 13 cadeiras em disputa em Beltrão). “Temos muita gente nova querendo participar e isso é animador, a gente quer mesmo oferecer ideias novas e modernas”, completou Talles.
Além dele, de Salézio e de Tufão Filho — filho do vereador Pedro Claudionor dos Santos Tufão, falecido em meados de 2018 —, estão na executiva Dines de Oliveira (presidente), Bruno Savarro (1º secretário), Jerry Pilatti (2º secretário) e Vande Menezes (vogal).
PSL, de pequeno a grande em sete meses
Fora do jornalismo político e das pessoas que acompanham a política porque gostam, pode-se dizer que, grosso modo, “ninguém” sabia que existia PSL no Brasil até março de 2018. Mas eis que o líder nas pesquisas para presidente, Jair Bolsonaro, assinou ficha no Partido Social Liberal, dando musculatura à sigla.
E essa energia teve resposta no eleitorado sete meses depois: nas eleições de outubro, ele foi eleito presidente do Brasil com 55% dos votos no segundo turno. Junto, uma bancada com mais de 50 deputados federais, três senadores e três governadores (Santa Catarina, Roraima e Rondônia). No Paraná, a maior bancada na Assembleia, com oito cadeiras, sendo uma delas, a de Fernando Francischini, com a maior votação da história para o legislativo estadual: 427,7 mil votos. Um partido, registre-se, que um ano antes, 2017, mal e mal tinha representatividade significativa nos parlamentos brasileiros.
No ano passado, porém, a sigla rachou, porque parte dos bolsonaristas saiu. Mas a legenda, na sua maioria, mantém o apoio ao presidente Bolsonaro — que articula para 2022 a formação do Aliança pelo Brasil. (BV)