Política
Fora do MDB, mas não fora da política. Quinta-feira, à noite, o ex-governador Roberto Requião liderou sua caravana “Me chama que eu vou”, que passou por Francisco Beltrão e reuniu a oposição ao governo estadual — lideranças do PT, pedetistas e ex-emedebistas. Na sua fala, disse que sua experiência será importante para um novo momento do Paraná. Requião disse que está animado para encarar mais uma disputa. “Tô com 80 anos, mas com corpo de 44”, disse, com humor. E completou, revelando que fez exames de saúde, e que ela está boa. “O médico me disse, vai com calma, Requião, você só tem mais 40 anos de vida, então daqui 40 anos eu vou me aposentar e pescar”, comentou. Ele confirmou o que petistas disseram antes da sua fala, que recebeu convite para se filiar no PT. E também no PDT.
Oposição unida
Requião defendeu que no plano nacional a oposição se comprometa com alguns pontos em comum, como a defesa da soberania. Ele não declarou apoio nem a Lula e nem a Ciro Gomes, os presidenciáveis do PT e do PDT. Mas disse que se dependesse dele a oposição estaria unida numa chapa só. Requião também lembrou alguns projetos da sua administração, como irrigação noturna, preços congelados de água e luz, etc. “E não como agora, lucros exorbitantes para os acionistas e preço caro para a população.”
Criticou o trabalho dos senadores eleitos em 2018, Oriovisto Guimarães e Flávio Arns, ambos do Podemos, e também criticou a política de pedágio do Estado — “serão mais 16 praças, para enriquecer os mais ricos e prejudicar a população que trabalha”. O evento da oposição foi no Centro de Eventos Domzu, e teve a presença dos deputados Luciana Rafagnin, José Lemos, Arilson Chiorato, todos do PT, Requião Filho (ainda no MDB), e o deputado federal Zeca Dirceu (PT). De acordo com os organizadores, lideranças de 32 municípios marcaram presença em apoio à candidatura de Requião em 2022.
