Filiado no PSL, odontólogo respondeu a uma intimação com defesa da liberdade de expressão.

Neste mês, o odontólogo de Francisco Beltrão Talles Vanderlinde fez críticas à direção da Câmara de Vereadores. Na semana passada, descobriu que estava sendo processado pela mesa diretora.
Pelo Facebook, defendeu a liberdade de expressão. “Fiz denúncia contra a Câmara, não citei o nome de ninguém, nem agredi, e recebo agora um processo contra a minha pessoa, como se não vivêssemos num período democrático; eu defendo a liberdade de expressão”, comentou Talles.
“Quem é agente público deve estar acostumado a críticas e elogios; fiquei triste com o ocorrido”, acrescentou Talles.
E concluiu: “sou pré-candidato a prefeito pelo PSL, mas tenho família, tenho meu trabalho, vamos avaliar”, ponderou.
Talles é casado, tem 36 anos e é pai de um casal de filhos com a empresária Andressa Julio Vanderlinde.
“Recebi muitos apoios nesses dias e eu agradeço, sempre defenderei a liberdade de expressão, independentemente da decisão que eu vier a tomar sobre candidatura”.
Novo e PSL
Em 2018 Talles coordenou a organização do Partido Novo em Francisco Beltrão, apoiando o candidato a presidente João Amoêdo. No ano passado, foi informado que o Novo não tinha intenção de ter candidato a prefeito no município. Daí ele migrou para o PSL, com a garantia da pré-candidatura.
“Não queremos criticar por criticar, queremos apresentar uma plataforma de administração de direita, com os valores da direita, família, propriedade, liberdade de expressão, respeito às instituições”, disse em repetidas entrevistas desde o ano passado.
Pré-candidatos
Sobre as eleições deste ano, o prefeito Cleber Fontana (PSDB) tem evitado comentar. Mas tudo indica que será candidato à reeleição, mantendo a chapa com o vice-prefeito Antonio Pedron (PSD), garantindo o apoio político do governador Ratinho Júnior (PSD).
No campo da oposição, além de Talles, outros nomes estão colocados como pré-candidatos a prefeito: presidente da Câmara de Vereadores, José Carlos Kniphoff (PDT), vereador Aires Tomazoni (MDB), ex-vice-prefeito Eduardo Scirea (PT) e o engenheiro Ademir Schwartz (PV).
Dia da eleição
Ontem o ministro do STF Luís Roberto Barroso assumiu o Tribunal Superior Eleitoral, que vai coordenar “as eleições da pandemia”. E ele tem dito, em entrevistas pretéritas, que até o meio do mês que vem terá um panorama mais preciso sobre que decisão tomar sobre o pleito — que está preliminarmente marcado para 4 de outubro (primeiro turno; o segundo, dia 25).
Corre no noticiário de Brasília que lideranças do Congresso já sugerem a mudança de data para 6 de dezembro (primeiro turno) e dia 20/12 o segundo, mantendo assim todo resultado das urnas dentro de 2020 e a posse dos eleitos garantida para 1º de janeiro de 2021.
Antes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teve uma reunião com lideranças do MDB, PSDB, Republicanos, PP, PSD, PL, Solidariedade e Avante) e se sinalizou para a eleição em 15 de novembro (que cai num domingo).
Dois dias
Barroso já especulou que, havendo o pleito em outubro, pode-se fazê-lo em dois dias, e com horários estendidos (em vez de ser o tradicional das 8 às 17, que fosse das 8 às 20).
Sobre as convenções (de 20/7 a 5/8), tudo indica que serão remotas, evitando aglomeração. Mantido o calendário como está hoje, dia 16 de agosto começa a campanha, com os candidatos podendo pedir votos e distribuindo seus santinhos com seus números.
De 28 de agosto a 1º de outubro, propaganda eleitoral em rádio e TV. Dia 4/10, primeiro turno das eleições, dia 25/10, segundo turno; dia 18 de dezembro, diplomação dos eleitos.
Reeleição no Sudoeste
No Sudoeste, dos 42 prefeitos, 24 poderão concorrer à reeleição. Os outros 18 terminam o mandato de oito anos em dezembro.