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Francisco Beltrão
sábado, 14 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Derrota faz parta do jogo democrático, diz Traiano

Na Rádio Educadora, Almir Zanette e o deputado presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano. Foto:Assessoria.

JdeB – O deputado presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSD), disse que não ficou decepcionado com o resultado da eleição de Francisco Beltrão em 2024, quando seu grupo político perdeu a disputa.

“Não fico decepcionado. Faz parte do jogo democrático: ou se ganha ou se perde, respeito a decisão da maioria da população; estou tranquilo, nosso grupo político continua unido e mantém a lealdade”, afirmou.

Traiano foi entrevistado ontem pela manhã pelo jornalista Almir Zanette (Rádio Educadora).

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Na disputa de outubro passado, Antônio Pedron (MDB) foi eleito com 62% dos votos, Antônio Carlos Bonetti (PSD) obteve 27% e Roselene Baseggio (PV), 11%.

Traiano declarou que se for procurado pelo governo municipal, vai ajudar, mas assinalou que sabe que o grupo do prefeito Pedron tem preferência “por outro deputado”.

“Mesmo ajudando, eu estarei sempre com o nosso grupo político”, sublinhou. Traiano  citou o ex-prefeito Cleber Fontana (PSDB, 2017-24), “dono de um capital político inquestionável; Cleber terá sempre o nosso apoio, nosso respeito, no que desejar sobre seu futuro político, mas o momento, agora, não é para falar sobre candidatura local; o Cleber foi um excelente prefeito.”

Para 2026, Traiano disse que o grupo vai futuramente analisar os nomes para a corrida estadual, mas fez questão de colocar que o governador Ratinho Júnior (PSD) tem alcance político estadual. De fato, o nome de Ratinho tem aparecido  costumeiramente em pesquisas de intenção de voto para presidente.

Paraná

Traiano também abordou o PSD do Paraná. Disse que o partido fez pesquisas e seu nome foi testado para cargos majoritários — no caso, para o Senado.

A princípio, para o Palácio Iguaçu, o PSD tem três nomes: Alexandre Curi (que vai assumir a presidência da Assembleia em fevereiro) e os secretários Beto Preto (Saúde) e  Sandro Alex (Infraestrutura).

Dez anos

Traiano deixará a presidência da casa e assumirá a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) . “É a principal comissão, é o filtro de todos os projetos que tramitam”, explicou. Nos cinco mandatos como presidente totalizando dez anos, Traiano superou o recorde que era de Aníbal Khury (1924-1999) — que comandou a Casa por oito anos e meio.

Traiano lembrou das conquistas para Beltrão através do seu peso político nos governos Beto Richa e Ratinho Júnior — curso de Medicina na Unioeste, túnel antienchente, contorno, rodoviária, centro cívico e o futuro aeroporto.

Traiano lembrou da firmeza nas votações do ajuste fiscal e como isso salvou o Paraná

JdeB – Há cerca de dez anos, em 2015, o Brasil da presidente Dilma Rousseff (PT) estava em crise — queda da atividade econômica, redução na arrecadação e desemprego. Ou seja: recessão. Os estados começaram a se mexer e o Paraná foi um deles, atuando na vanguarda. Era urgente um ajuste fiscal firme. E foi isso que o governador Beto Richa fez, encaminhando o projeto para a Assembleia, sob a liderança de Traiano. O ajuste corrigiu rumos, o Estado aumentou as receitas, reduziu despesas, pagou dívidas, retomou os investimentos, honrou os compromissos assumidos, etc. Traiano lembrou disso na entrevista de ontem para Almir Zanette. E também de outras votações polêmicas  no governo Ratinho Júnior — reforma administrativa, reforma na educação, etc. — quando teve que ser firme e leal ao governo, mantendo a base de apoio parlamentar mobilizada e enfrentado, muitas vezes, o vandalismo de movimentos de oposição, que depredavam o patrimônio público, como foi amplamente noticiado sempre que aconteceu, com a Assembleia ocupada e destruída internamente.

“Foram medidas duras, que se eu tivesse pensado no meu capital político, não teria levado adiante, porque impopulares; mas eu pensei no Paraná, hoje o Estado está numa situação invejável, o ajuste se mostrou eficiente”, recordou.

Episódios bizarros

Traiano passou por situações que exigiram muito sangue frio. Os baderneiros em geral invadiam a Assembleia e acampavam lá dentro, impedindo o trabalho dos deputados. A mesa diretora da Casa recorria para que a justiça desse “reintegração de posse”. Resgatando reportagem da década passada, temos essa declaração ponderada do presidente Traiano, a despeito de todo caos: “A decisão da Justiça é para que os ocupantes deixem o espaço, eu não vou usar a força policial. Espero que eles tenham a compreensão. Além da decisão da própria Justiça, há uma multa estabelecida, eles poderão ser responsabilizados financeiramente pela não desocupação. Deixo muito claro aqui que não irei usar a força policial, espero que desocupem pacificamente e respeitem a decisão da Justiça”.

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