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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Edição 8.225

13/06/2025

BRASIL

Desaprovação do governo Lula sobe e atinge 51%, aponta pesquisa PoderData

Em janeiro do ano passado, essa desaprovação estava em 42%.


O presidente Lula mantém a maioria do apoio, no Nordeste: 51% aprovam a gestão, enquanto 43% a desaprovam.
Foto: Ricardo Stuckert/PR.

Estadão/Conteúdo e JdeB – O governo do presidente Lula (PT) é aprovado por 42% dos eleitores brasileiros e reprovado por 51%, segundo pesquisa divulgada pelo instituto PoderData ontem, 29. O levantamento indica uma piora na avaliação da gestão petista, com queda de três pontos porcentuais na aprovação em relação à pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2024, quando foi de 45%.

Na mesma comparação, a desaprovação subiu três pontos — no fim do ano passado, era de 48%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais.

Em janeiro de 2024, Lula tinha com 49% de aprovação e 42% de reprovação. Agora, os números se inverteram, indicando um momento mais desafiador para o governo.

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“Crise do Pix”

Entre os fatores que explicam essa mudança, segundo o instituto, estão o impacto da “crise do Pix” e a alta no preço dos alimentos. Essas questões teriam afetado especialmente a base eleitoral de Lula, incluindo eleitores que tradicionalmente apoiam o PT, como pessoas de menor renda e moradores do Nordeste.

Para o ex-prefeito de Coronel Vivida Frank Schiavini, o governo tem erros administrativos: “Na minha humilde opinião é a crise econômica que está judiando da população, aliado a isso estão os erros administrativos que vêm ocorrendo ao longo do mandato. Não tem outra explicação”.

Para o empresário de Francisco Beltrão Névio Urio, quando a desaprovação ultrapassa a metade, ou seja, passa de 50% (está em 51%), há “a perda de confiança no líder”.

O agricultor de Francisco Beltrão Laudo Junkes também comentou: “A alta dos alimentos, dos combustíveis e a taxa de juros, sem dúvida isso tem afetado demais os brasileiros, daí a desaprovação do governo Lula”.

Para o empresário beltronense Orlando Henrique Krauspenhar, a desaprovação do presidente é ainda maior que 51%. “Pra mim é bem maior, sim, e sempre foi. O principal problema do Brasil é econômico, pelas gastanças do governo, e também temos o problema do poder ditatorial do STF”.

23% dos que desaprovam votaram em Lula

O levantamento mostra que a insatisfação cresceu mesmo entre aqueles que votaram no presidente em 2022. No início do mandato, apenas 10% desse grupo reprovavam a gestão. Agora, a taxa subiu para 23%. O porcentual de apoiadores que ainda avaliam o governo positivamente caiu de 87% para 73% no mesmo período.

Nordeste ainda é mais lulista

A insatisfação também se reflete entre os brasileiros que ganham até dois salários mínimos. Nesse grupo, o governo registrou 48% de desaprovação contra 43% de aprovação. A mesma tendência aparece no Nordeste, onde Lula mantém a maioria do apoio, mas com índices menores do que no início do mandato. Hoje, 51% aprovam a gestão, enquanto 43% a desaprovam. Antes, os números eram 55% e 35%, respectivamente.

Avaliação pessoal

A pesquisa também avaliou a percepção dos eleitores sobre o trabalho pessoal de Lula, separando sua imagem da gestão como um todo. Os resultados mostram um aumento na rejeição ao presidente O porcentual de entrevistados que avaliam sua atuação como “ruim” ou “péssima” passou de 33% em dezembro para 41% agora.

Ao mesmo tempo, aqueles que consideram sua atuação “ótima” ou “boa” caíram de 27% para 24%. Outros 33% classificam seu desempenho como “regular”, enquanto 3% não souberam opinar.

Pesquisa por telefone

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 25 a 27 de janeiro de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas completas em 219 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

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