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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Lula exalta legado e prega conciliação; Alckmin reforça apoio em fala pelo telão

“Lula tem a capacidade de fazer uma aliança ampla e desafiadora, com a perspectiva do compromisso de retomarmos o crescimento econômico”, diz a deputada Luciana Rafagnin.

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Lula: “​Não é digno do título o governante incapaz de verter uma única lágrima diante de seres humanos revirando lixo em busca de comida, ou dos mais de 660 mil brasileiros e brasileiras mortos pela covid. Pode até se dizer cristão, mas não tem amor ao próximo”.

Folhapress e JdeB – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pregou o resgate da soberania nacional, defendeu a Petrobrás e repisou falas em prol da criação de empregos e do combate à fome ao lançar sábado, 7, sua pré-candidatura à Presidência da República em chapa com Geraldo Alckmin (PSB) de vice.

“O grave momento que o país atravessa, um dos mais graves da nossa história, nos obriga a superar eventuais divergências”, disse, diante de uma imagem da bandeira do Brasil. “Queremos unir os democratas de todas as origens.” O discurso escolheu temas como inflação, miséria e desemprego.

O plano, afirmou, é resgatar o receituário que mesclou “crescimento econômico com inclusão social” e voltar a ter protagonismo no cenário internacional, partindo do fortalecimento regional na América Latina e da estabilidade interna para atrair investimentos.

Foram ao menos 29 menções à ideia de soberania, com a observação de que ela não se limita à defesa do território e de fronteiras, mas abarca também áreas como infraestrutura e alimentação.

Em aceno a eleitores evangélicos, disse que “não é digno do título o governante incapaz de verter uma única lágrima diante de seres humanos revirando lixo em busca de comida, ou dos mais de 660 mil brasileiros e brasileiras mortos pela covid. Pode até se dizer cristão, mas não tem amor ao próximo”.

“Nunca foi tão fácil escolher”, afirmou. “Para sair da crise, crescer e se desenvolver, o Brasil precisa voltar a ser um país normal. A normalidade democrática está consagrada na Constituição. É imperioso que cada um volte a tratar dos assuntos de sua competência”, acrescentou, sobre harmonia entre os Poderes.

Sem ressentimento

“Fui vítima de uma das maiores perseguições políticas e jurídicas da história deste país. Mas não esperem de mim ressentimentos, mágoas ou desejos de vingança”, disse Lula em alusão às condenações que sofreu na Operação Lava Jato, hoje anuladas, e ao período na prisão.

O petista também falou em defesa do ambiente e da Amazônia, com a transição para um novo modelo de desenvolvimento sustentável, da distribuição de renda, dos investimentos em educação, saneamento e moradia, da retomada do consumo e do reconhecimento da cultura como setor importante.

Alckmin

“Nada, nenhuma divergência do presente, nem as disputas de ontem, nem as eventuais discordâncias de hoje ou de amanhã, nada, absolutamente nada, servirá de razão, desculpa ou pretexto para que eu deixe de apoiar ou defender, com toda a minha convicção, a volta de Lula à Presidência do Brasil”, afirmou Alckmin, logo de início, em telão, porque estava com sintomas leves de covid.

Bom humor

“Mesmo que muitos discordem da sua opinião de que lula é um prato que cai bem com chuchu, o que acredito venha ainda a se tornar um hit da culinária brasileira, quero lhe dizer, perante toda a sociedade brasileira: muito obrigado.”

Lula reforçou a brincadeira depois, dizendo que a combinação é extraordinária, será “o prato predileto de todo o ano de 2022 e se tornará o prato da moda no Palácio do Planalto a partir das eleições”.

Luciana

A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT de Francisco Beltrão) comentou: Além de mostrar que sabe como governar e de ter deixado um legado importante de conquistas, Lula tem esse poder de enxergar o futuro e nos apresentar sua visão, de modo que a gente consiga se posicionar, com a noção clara do nosso papel e da nossa responsabilidade nessa nova construção.

Ela elogiou a aliança que está se formando: “Ao falar como um estadista, que enxerga lá adiante, Lula tem a capacidade de fazer uma aliança ampla e desafiadora, com a perspectiva do compromisso de retomarmos o crescimento econômico, a inclusão social. Estávamos precisando dessa perspectiva e de voltar a acreditar que podemos ser melhores, em um país humano, justo, sustentável e com prestígio no cenário internacional. É animador!”.

O que vem sendo descrito pelo PT como “movimento” reúne até agora sete partidos (PT, PSB, PC do B, Solidariedade, PSOL, PV e Rede), além de centrais sindicais e MST e MTST. Os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) participaram.

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