Em 2025, Legislativo de Francisco Beltrão terá um orçamento de R$ 9 milhões.

JdeB – No próximo dia 31 de dezembro, uma terça-feira, tomam posse o prefeito Antônio Pedron (MDB), a vice-prefeita Lurdinha Bertani (Podemos) e os 17 vereadores. A solenidade será no Teatro Unisep, a partir das 15 horas.
Na mesma solenidade haverá a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores. A disputa está cercada de expectativas e especulações, já que há pelo menos quatro pré-candidatos: Júnior Nesi e Silmar Gallina, ambos pelo PSDB, Cidão Barbiero (Podemos) e Pedro Tufão (PP). Todos são atuais vereadores e foram reeleitos em outubro.
Júnior Nesi apoiou o candidato Antônio Carlos Bonetti (PSD), que perdeu as eleições municipais. Ele disse que está trabalhando para a disputa à presidência, conversando com os pares e alguns partidos tanto de situação quanto de oposição na futura legislatura. Júnior argumenta que o ideal seria o lançamento de apenas uma chapa.
Pedro Tufão é integrante da futura bancada de situação. Ele confirmou que está colocando seu nome na disputa. “Estamos ouvindo os vereadores, a nossa expectativa é de contribuir”, argumenta.
Nessas conversas, Pedro está ouvindo de cada vereador o que espera do próximo presidente da Câmara. Estas conversas, segundo ele, estão ocorrendo “de forma tranquila, sem imposição, se o nosso nome agregar, vamos em frente.”
Pedro defende que o candidato à presidência seja um nome da futura bancada de situação, ou seja, de apoio ao prefeito Antônio Pedron.
O vereador Cidão também é da coligação que apoiou a candidatura de Pedron. Ele diz que é “provável” pré-candidato à presidência. No entanto, nas rodas de conversas sobre a eleição à presidência da Câmara, seu nome é dado como certo na disputa.
“Estamos tentando construir uma candidatura pra contribuir com o bom andamento da Câmara”, comentou. A ideia seria formalizar essa candidatura com o apoio de todos.
Silmar Gallina, cujo partido apoiou Bonetti, confirmou que colocou seu nome à disposição para a disputa ao comando do Legislativo. Reeleito para o terceiro mandato, o experiente tucano vem trabalhando e conversando com os colegas parlamentares sobre a disputa. “Tem conversações, mas sem conchavos políticos”, declarou, rechaçando acordos antiéticos.
Os cargos em disputa
A futura mesa diretora terá mandato de dois anos. Os 17 vereadores vão eleger o presidente, vice, primeiro e segundo secretários. A futura mesa diretora comandará um orçamento de R$ 9 milhões para 2025. Atualmente, são nove servidores efetivos e cinco comissionados que atendem aos 13 vereadores.
Possivelmente, para a próxima legislatura será necessário contratar mais alguns servidores para atender aos 17 vereadores.
Resgatar o protagonismo do Legislativo
Por Flávio Pedron – O que se percebe, com os candidatos ou não ao comando da mesa da Câmara, é que há uma intenção de que a próxima legislatura tenha mais protagonismo nas discussões de projetos e negociações com o Executivo Municipal.
Isso poderia ser liderado pelo presidente que será eleito na solenidade do dia 31 de dezembro.
Na atual legislatura, em que a coligação de situacionista teve uma esmagadora maioria sobre a oposição, esse “protagonismo” teria sido deixado de lado e esta legislatura sai meio que “apagada”.
Esse termo “protagonismo” estaria sendo usado por pelo menos dois pré-candidatos. Em detrimento do mandato atual, algumas entidades civis locais estariam tendo mais visibilidade e puxando até mais discussões de pautas e assuntos de interesse da comunidade do que a própria Câmara.
Essa postura, se for confirmada na futura direção da mesa diretora do Legislativo, vai se aproximar do que temos visto na Câmara dos Deputados, com o presidente Arthur Lira (PP-AL); no Senado, com o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e na Assembleia Legislativa do Paraná, que é presidida por Ademar Traiano (PSD).
Como os últimos presidentes da República tiveram bancadas com menos parlamentares, eles se obrigam a negociar com o parlamento em troca da aprovação de projetos.
Flávio Pedron, diretor de Redação do Jornal de Beltrão.