Precisando dispensar R$ 47 milhões em recursos livres para quitar dívidas, prefeito Géri Dutra decreta suspensão de pagamentos por 120 dias

Por Luana Borba – Em entrevista coletiva concedida no início desta semana o prefeito, Géri Dutra (PL), acompanhado pela vice-prefeita, Neuza Viganó (PDT), e pelo secretário de Administração e finanças, Vilmar Possato Duarte, apresentou o resultado do balanço financeiro de Pato Branco realizado pela Controladoria Geral do Município, os números são preocupantes.
De acordo com o levantamento, Pato Branco possui um montante geral de despesas acumuladas entre os anos de 2023 e 2024 de R$ 89.380.000,00. Segundo o prefeito, R$ 47 milhões das dívidas deverão ser pagas com fontes livres dos cofres do município, por este motivo Géri decretou a suspensão de pagamentos aos fornecedores, paralisação na execução das obras vinculadas a fontes livres e suspensão do início de obras que tenham contrapartidas de fontes livres pelos próximos 120 dias.
O prefeito destacou que serão mantidos serviços essenciais nas áreas da saúde, educação e promoção social assim como despesas de ordem legal ou indispensáveis ao funcionamento dos serviços públicos essenciais.
Entre as despesas prioritárias e serviços que continuarão sendo honrados nos próximos quatro meses estão os convênios de saúde (Conims, hospitais, Samu e clínicas), merenda e transporte escolar, subvenções ao terceiro setor, dívidas fundadas, pagamento de salários e encargos e o pagamento de precatórios.
Maiores credores são da saúde
Somente entre os fornecedores a dívida ultrapassa os R$ 17 milhões, os quatro maiores credores da Prefeitura são da área de saúde. O Consórcio Intermunicipal de Saúde (Conims), Hospital Filantrópico Policlínica, Instituto de Saúde São Lucas e Samu acumulam R$ 9.637.000,00 a receber.
“Continuamos fazendo o que é de recurso vinculado. Do livre, tudo que tiver contrapartida não será pago. Atendimentos emergenciais serão feitos e as unidades básicas, que são serviços próprios, continuarão atendendo. Mas, lembrando, que cada consulta demanda diversos outros serviços, como exames, que não poderão ser realizados se a gente não tiver como pagar”, ressalta a secretária municipal Márcia de Carvalho (Saúde).
De acordo com a secretária, através de um acordo o Conims continua permitindo que o município realize a compra de medicamentos. “O município está contratualizado e tudo, mas enquanto nós não pagarmos a fonte livre do Consórcio não conseguiremos acessar o serviço. Estamos bloqueados porque é a norma do consórcio.”, explica.
Próximos passos
O prefeito de Pato Branco afirmou que em breve ocorrerá uma auditoria externa independente para analisar os movimentos financeiros e lançamentos realizados pela administração municipal nos últimos anos. “Precisamos entender o que nos trouxe até aqui para corrigir o curso e garantir que a gestão seja feita com transparência e responsabilidade”, explicou.
Segundo Géri nos próximos dias também será criada uma comissão formada por funcionários de setores variados para a criação de um cronograma de pagamento aos fornecedores.
Noticias sobre o Município, sempre serão importantes. Acho no entanto que, não se tem uma realidade das contas p´´úblicas Não é culpa do jornal., bem entendido.