Regional

Os acadêmicos do 2º ano de Enfermagem da Universidade Paranaense (Unipar), de Francisco Beltrão, desenvolveram atividades educativas e de territorialização em diferentes cidades do Sudoeste do Paraná durante o ano de 2020. A atividade foi uma proposta na disciplina de Interação, Ensino, Serviço e Comunidade, da professora Jolana Cristina Cavalheiri.
A disciplina possui carga horária teórica e prática e tem por objetivo aproximar o aluno em formação das experiências do enfermeiro e das vivências reais da comunidade, além de proporcionar à sociedade a devolução do conhecimento construído na instituição por meio de ações dos alunos.
Teoricamente, as aulas são voltadas para a educação em saúde, a atuação do enfermeiro no Sistema Único de Saúde (SUS) e os processos de gestão e planejamento da assistência desenvolvida por este profissional. Na prática, é proposto a realização do processo de territorialização, mapa inteligente da comunidade, vídeo e atividade educativa.
Neste ano, devido à pandemia, foi necessário organizar as atividades de forma diferente, os alunos foram divididos em grupos menores, além de manter as normas de distanciamento e o uso de paramentação adequada.
Atendimento em toda região
Como os alunos são de diversos municípios, as ações foram realizadas nos bairros da Cango, Marrecas e Luther King, em Francisco Beltrão, além das cidades de Santo Antônio do Sudoeste, Dois Vizinhos, Santa Izabel do Oeste, Marmeleiro e Verê.
Inicialmente, os alunos entraram em contato com os enfermeiros das unidades e definiram, conjuntamente, as ruas da comunidade que realizariam a territorialização e o tema da educação em saúde.
Visitas à comunidade
A atividade de territorialização foi implantada através de visitas domiciliares realizadas pelos alunos, mantendo os cuidados necessários, sendo realizado uma entrevista para estratificação do risco familiar, o qual foi confeccionado pelos alunos em sala. Após, os mesmos criaram um mapa inteligente evidenciando as famílias com maiores riscos, as patologias existentes, os mais vulneráveis, bem como as condições sociais e ambientais da comunidade.
Os alunos que desenvolveram as atividades no município de Marmeleiro, em parceria com a Secretaria de Saúde, fizeram orientações individuais às famílias sobre a importância dos exames preventivos, tanto para homens quanto mulheres, distribuindo cartilhas de orientação.
Doces para as crianças
Além disso, com auxílio do Prove (Programa de Valorização da Educação, da Unipar, foi organizada uma campanha de doação de doces, com objetivo de presentear as crianças da comunidade. As doações foram realizadas pelos alunos do curso de Enfermagem e de toda instituição, bem como o comércio de Marmeleiro.
Já as atividades educativas contaram com temas variados, desde a criação de cartazes e vídeos educativos sobre os tipos de parto e empoderamento da mulher na gestação, saúde mental, direitos do idoso, orientações sobre o acidente vascular encefálico, Outubro Rosa e Novembro Azul.
Avaliação positiva
Para a professora Jolana, esta atividade proporcionou aos alunos vivenciarem, nas unidades de saúde, as atividades realizadas pelo enfermeiro e, especialmente, na comunidade, a importância de desenvolver ações educativas e conhecer a realidade da população assistida, para que assim possam se organizar fluxos de atendimento conforme as necessidades da comunidade.

Já para as acadêmicas de Enfermagem: Ana Alice Cozer, Ana Laura Ferronato e Stefany de Oliveira, que organizaram a campanha de doação de doces para as crianças, o processo de territorialização é uma forma de ter acesso à grande parte de uma população, pois fazem parte de uma localidade onde estão ligados diretamente com o que ocorre cada dia.
“Essa proximidade que podemos ter com cada família é muito importante, pois podemos ver o seu cotidiano e realidade. Muitas famílias não têm boas condições de vida, financeiramente e socialmente. Com a territorialização, pudemos analisar e verificar quais melhorias podem ser realizadas, tanto no bairro como em cada família, para que possam ter suas necessidades básicas humanas garantidas”, comentou a acadêmica Ana Alice.
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