Eles vão atuar na defesa e sanidade agropecuária. Antes, a unidade duovizinhense tinha apenas um profissional em atividade. Mais três profissionais devem ser apresentados nos próximos dias.

Castro já estão trabalhando em Dois Vizinhos.
Na última semana, a regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) em Dois Vizinhos recebeu três novos profissionais concursados. Eles assumiram suas vagas e já iniciaram o trabalho nos 12 municípios abrangidos pela agência. “A regional de Dois Vizinhos, por ser nova, começou com veterinários nas unidades locais de Sanidade Agropecuária (Ulsa) de Realeza, Salto do Lontra, São Jorge e Dois Vizinhos. Só que o pessoal foi se aposentando e eu fiquei sem ninguém. Hoje, eu sou veterinária, mas estou no cargo de supervisão da regional, que trabalha com toda a questão da logística. A gente precisava dessa contratação para dar suporte. A demanda do campo é desumana. Muitas empresas e muitos produtores dependem do serviço da Adapar e a gente estava sem profissionais, estava muito difícil de atender”, analisa Kátia Formigheri, supervisora regional da Adapar.
Sobre a distribuição dos novos profissionais, ela comenta que “vamos ganhar dois agrônomos, um para a Ulsa de Dois Vizinhos e outro para Realeza, que vão atender os 12 municípios da regional. Nós não tínhamos esses profissionais. Também vamos receber um veterinário em Realeza, outro em Salto do Lontra, um que vai assumir a Gerência de Inspeção dos Produtos de Origem Animal (Gipoa) aqui em Dois Vizinhos, que vai atender a demanda toda da regional, e outros dois veterinários que virão para a GSA de Dois Vizinhos. Um vai ficar na parte de reprodução agrícola e outro na Ulsa”.
Com mais profissionais, a qualidade do trabalho oferecido vai melhorar. “Ainda não vamos chegar no ideal, mas já vai dar uma desafogada grande. Esse pessoal deve receber o treinamento na primeira semana de agosto, em Curitiba, onde eles vão conhecer toda a estrutura, as gerências, como funciona o programa, como a Adapar pretende trabalhar, para que na segunda etapa eles tenham um treinamento específico das suas áreas. Foram criados também, através de uma ordem de serviço, os mentores desse pessoal no campo. Eles vão levar esse pessoal no campo, repassar todas as legislações porque, como a demanda é muito grande, a parte da legislação, de fluxograma das coisas, a aplicação, eles precisam ter noção de tudo isso. Até o final do ano, vamos treinar esse pessoal, dar suporte para que eles, realmente, consigam atender o que o nosso público precisa.”
Novos contratados
Os três novos contratados vêm de outros estados. Cristina Amigo deixou a capital paulista para assumir a Ulsa de Salto do Lontra. “A gente escolheu por classificação. Abriram os lugares de lotação e, de acordo com a nossa classificação, fomos escolhendo. Quando chegou na minha vez, dentre as opções, como eu já tinha conversado com a Kátia, gostado dela como supervisora, acabei optando pela região. Nunca tinha vindo para cá”, conta.
Analuiza Borges Castro veio de Uberlândia (MG). Ela também pesquisou bastante sobre a cidade antes de escolher Dois Vizinhos. “Como nosso concurso demorou nove meses para ser convocado, o que eu sei de Dois Vizinhos foi pesquisando na internet. Eu já conhecia algumas cidades aqui do Paraná, como Maringá e Carambeí, mas o Sudoeste mesmo só de passagem. O que foi a minha orientação para optar por Dois Vizinhos foi a estrutura da cidade, que eu achei bem interessante e as opções de, por exemplo, crescimento profissional, como realizar um mestrado ou um doutorado, porque o Sudoeste te dá essas opções de várias universidades para melhorar o currículo, se atualizar na área”, explica.
Ela se impressionou com a cidade. “Achei mais organizada, uma população muito educada, hospitaleira, eu creio que não somente eu, mas os meus amigos aqui, entramos com o pé direito na Adapar. Antes de vir para cá eu estava morando em Salvador, que foi um choque cultural muito grande. Eu também estava buscando alguma coisa mais calma, mais tranquila.”
O último contratado foi Adriano Coimbra, que veio do Mato Grosso do Sul, mas é carioca.”Eu estava trabalhando no Mato Grosso do Sul, na fronteira com São Paulo e Paraná, em Nova Andradina. Lá deve ter uns 40, 50 mil habitantes. Já foi um projeto de adaptação”, resume.
Eles estão cientes do trabalho que terão pela frente. “Tem uma demanda considerável de trabalho. A unidade estava com uma veterinária que fazia todos os atendimentos. O perfil inicial é com as grandes empresas, mas também é uma região que conta com muitos pequenos produtores. Vamos fazer um trabalho de segurança alimentar, desde a conscientização dos pequenos aos médios produtores, e vamos mostrar a importância de entregar à população produtos de origem animal com condições adequadas e corretas, tanto na parte sanitária quanto na de qualidade”, conclui Analuiza.