Provavelmente seja a primeira lavoura da cultura colhida no Brasil na safra 2015-2016.

A colheita da soja hiperprecoce começou em Mariópolis, no que provavelmente seja a primeira área colhida da safra atual em nível nacional – safra 2015-2016. O produtor Nelson De Bortoli aproveita a janela de sol para apressar a colheita. A previsão meteorológica prevê muita chuva para os meses de dezembro e janeiro, com poucos dias de sol, dificilmente janelas de mais de quatro dias, o que pode trazer problemas para a colheita.
O produtor rural Nelson De Bortoli colheu a soja para depositar novamente a semente no solo, para a realização da safrinha, prática que adotou há 15 anos nas suas terras. Mas ele não vai jogar a toalha diante da decisão da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) em restringir o cultivo da safrinha de 2016-2017.
O produtor disse que haverá muita luta para derrubar a portaria da Adapar. “Nós vamos lutar até às últimas possibilidades para assegurar nosso direito de produzir”, afirmou Nelson, que é líder de cooperativa agropecuária.
Recursos extras
Ele destacou que a safrinha tem assegurado aos produtores da região recursos extras para investimentos na atividade, o que não seria possível sem ela. “A região tem suas peculiaridades, e nós queremos apenas assegurar nosso direito de produzir gerando empregos, renda e impostos para o País”, justificou.
Com relação ao mercado para a nova safra, os negócios com a soja na Bolsa de Chicago (EUA) foram positivos numa semana em que não houve grande demanda, por causa do Natal. A tendência deve continuar se mantendo dentro da normalidade para a época.
A chegada gradativa da nova soja ao mercado neste momento não deve provocar impacto, porque ainda é pequena a quantidade colhida.
O grosso da colheita fica para mais tarde, entre fevereiro e março do próximo ano. Nelson afirma que o resultado obtido está muito bom e as chuvas, que agora podem atrapalhar a colheita, foram muito boas para o desenvolvimento das lavouras.