Cleci Polidoro participou da etapa regional do Concurso de Queijos Artesanais do Paraná e vai para a final, em Curitiba.

A Emater/Seab e o Mapa, com apoio dos programas Pró-Rural e Microbacias e demais entidades parceiras, estão desenvolvendo o Concurso de Queijos Artesanais do Paraná, com o objetivo de identificar e promover a produção de queijos artesanais da agricultura familiar paranaense, valorizando a cultura alimentar e o saber fazer dos queijos diferenciados (curados) e, assim, contribuir para a agregação de valor por meio do desenvolvimento da agroindústria.
Até maio do ano que vem acontecem as etapas regionais e em julho de 2018 será a fase final do concurso, em Curitiba, onde serão escolhidos os melhores queijos do Paraná. No dia 20 de outubro, na Etapa Territorial Sudoeste, em Francisco Beltrão, foram escolhidos os melhores queijos artesanais. A agricultora Cleci Maria Chaves Polidoro, da Vila Rural de Sede Progresso, Verê, teve o seu produto entre os três melhores, que nesta etapa classificou quatro agricultores. Foram premiados Altair Renato Bach, representado por sua filha Angela Bach, de Santa Izabel do Oeste; Jacob Klein, de Salgado Filho; e Roseli Martinazzo, de Itapejara D’Oeste.
O julgamento dos produtos foi feito por um seleto grupo de doutores pesquisadores na área de alimentos nos critérios de classificação: sabor, aroma, consistência, textura, cor e apresentação.

Fotos: Luiz Carlos Wessler
O segredo de um bom queijo
De fala simples e muito espontânea, dona Cleci, 60 anos, exibe com orgulho os produtos que fabrica e agora são reconhecidos pela qualidade. “Eu aprendi o ofício com a minha mãe. Quando eu tinha meus nove anos, eu subia num banquinho para ver como ela fazia e aprender a fazer queijo”, revelou. “Depois, sempre fui fazendo queijos para a família. Mas foi em 2002, após fazer um curso da Emater, que eu me aperfeiçoei”, disse, exibindo o livro que ainda guarda com os aprendizados que afirma seguir à risca.
Sobre o segredo de fazer um bom queijo, a agricultura afirma: “Higiene, higiene e higiene. Desde tirar o leite até a hora da venda. Além disso, é necessário amor pelo que se faz, porque são cerca de duas a três horas só para fazer o queijo, fora os cuidados de maturação, que passa de 30 dias”. “Por isso eu digo que somos uma equipe, pois tenho meu tirador de leite oficial”, brinca dona Cleci, falando do marido, Demétrio Polidoro.
Além de Cleci, outras seis agricultoras de Verê participaram do concurso, com apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria de Agricultura e de outras entidades parceiras.
Sobre a fase final, Cleci diz estar ansiosa. “Quem diria que meu queijo me levaria para Curitiba?! Vamos lá pra fase final. Meu medo é as vacas secar e não ter leite para fazer o queijo. Mas meu genro disse que vai me dar uma vaca de presente para garantir o leite”, afirmou a produtora rural.