No ano passado, as comportas da hidrelétrica foram abertas e provocaram alagamentos e danos nas propriedades ribeirinhas.

Na manhã dessa segunda-feira, 22, as famílias que tiveram danos em suas propriedades em decorrência da abertura das comportas da Usina Salto Caxias, nas enchentes de junho do ano passado, voltaram a se manifestar publicamente. Desta vez, eles acamparam em frente ao escritório da Usina Salto Caxias/Copel, na Avenida Tancredo Neves, em Capitão Leônidas Marques
São mais de 352 famílias que foram cadastrados na ocasião da enchente e até então não foram indenizadas. Por inúmeras vezes foram informadas do pagamento, mas, quando chegava a data, recebiam informações de seu adiamento por parte da Copel. Moradores ribeirinhos ao Rio Iguaçu, nos municípios de Realeza, Capanema, Nova Prata do Iguaçu e Capitão Leônidas Marques tiveram vários danos em suas propriedades.
Várias reuniões foram realizadas sem que estes agricultores tenham sido atendidos. Diante dessa situação, as famílias resolveram acampar em frente ao escritório da Copel (Geração e Transmissão) até a que os valores sejam pagos individualmente a cada família.
As ruas próximas ao escritório foram bloqueadas, com pneus, e foram fixados cartazes demonstrando a revolta dos agricultores. Representantes do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) assessoram o ato. A Polícia Militar acompanha de perto toda a movimentação. A Copel foi contatada pelo Jornal de Beltrão nesta segunda-feira, mas, até o fechamento desta edição, não respondeu às críticas.
