
bairro Araucária (PR 180), em Marmeleiro.
Cerca de 1.200 agricultores familiares de toda a região fecharam a rodovia PR 180, próximo da passarela em Marmeleiro, durante mobilização por melhorias para a agricultura familiar. Eles saíram em caminhada do bairro Alvorada, em frente ao Mercado do Produtor, e seguiram em direção ao bairro Araucária, saída para Francisco Beltrão. O trânsito foi bloqueado e uma grande fila de veículos se formou em ambos os lados. A passagem foi liberada de hora em hora.
Os produtores, representantes de diversas entidades, têm uma pauta ampla de reivindicações. O objetivo principal é reivindicar ações concretas do poder público, chamando a atenção da sociedade civil, da importância do fortalecimento da agricultura familiar. A previsão é de que hoje os protestos continuem, com mobilizações em vários pontos. As ações de ontem foram concentradas em Curitiba, Marmeleiro, Cascavel, Pitanga, Quedas do Iguaçu, Candói e Mauá da Serra. O ato aconteceu também nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Nota distribuída pela assessoria de imprensa diz que “os trabalhadores buscam o reconhecimento e a valorização desta categoria e apresentam pautas de reivindicação, nas áreas da habitação, do crédito, da agroindustrialização, da assistência técnica e extensão rural, da matriz energética e da melhoria na qualidade da educação. Os trabalhadores também cobram o fortalecimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que tem por objetivo promover o acesso à alimentação e o incentivo a agricultura familiar.”
O presidente da Cooperativa Central da Agricultura Familiar Integrada do Paraná (Coopafi), José Carlos Farias, afirma que os agricultores querem mais apoio do Estado para suas pautas. Como é o Ano Internacional da Agricultura Familiar, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o foco é colocar em evidência este segmento na sociedade. “Dá impressão que a agricultura familiar está sendo privilegiada, mas existem problemas estruturantes como a saída do jovem do campo e a imprevisibilidade sobre o crédito. Queremos dialogar com a sociedade para que reflita sobre o tema.”