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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Amsop promove debate sobre mapeamento genético no gado leiteiro

Geneticista canadense relatou experiência americana para antecipar informações sobre animais através do DNA.

 

Bandeira lidera primeira reunião de 2016 discutindo propostas no leite.
Fotos: Assessoria

O futuro da bacia leiteira no Sudoeste do Paraná promete ganhar destaque nos debates e discussões em 2016, principalmente por ser um ano de grandes desafios frente a aumento de custo e remuneração comprometida. Pois é justamente nessa realidade que lideranças da região, comandadas pela Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), buscam mecanismos para apoiar a atividade dentro do projeto Leite Sudoeste.

O assunto foi tema da primeira reunião de trabalho do novo presidente da Amsop, o prefeito de Marmeleiro Luiz Bandeira (PP), ontem, 27. Representantes da Agência de Desenvolvimento Regional, Sebrae, Emater, Seab, UTFPR, laticínios, cooperativas de leite, associação de secretários municipais, grupo gestor, vereadores e empresas do segmento, além do deputado estadual Wilmar Reichembach (PSC), discutiram a possibilidade de implantação de projetos de mapeamento genético. O grupo recebeu com simpatia a proposta e pretende avançar nas conversas para possível implantação.

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Antecipar informações
Na oportunidade, os representantes da empresa TAG do Brasil apresentaram a experiência empregada nos Estados Unidos e relataram a metodologia. A explanação foi proferida pelo geneticista da empresa, o canadense Patrice Simard, com apoio do diretor-técnico da TAG do Brasil, Celso Barbiero, e o presidente da empresa no Brasil, Jonei Bortolanzo. 
Além de mostrar em painéis como se comprova a eficiência do mapeamento genético – ou genética genômica como é nomeada -, podendo antecipar em até cinco anos as informações dos animais, ainda explanaram sobre o desenvolvimento de projeto para uma cooperativa do Oeste de Santa Catarina.
Para o coordenador do Projeto Leite Sudoeste, médico-veterinário Clóvis Cuccolotto, a proposta tem como principal atrativo antecipar dados que podem acelerar o processo de melhoramento do rebanho e, consequentemente, de produção e qualidade. O mapeamento genético pode ser feito por meio do pelo do animal em qualquer idade, identificando se o animal tem gene que contribui com a produção de leite, inclusive se tem tendência á futuras doenças.

União de esforços
O grande impasse fica por conta do custo, já que o material precisa ser encaminhado para o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) e quando retorna é traduzido por um software especializado. Dessa forma lideranças tentam encontrar mecanismos para unir cooperativas, associações, entidades, instituições, governo estadual e federal para juntos custear o investimento.
Bandeira ressaltou a relevância da bacia leiteira para o Sudoeste e do comprometimento da Amsop em apoiar a atividade. “Sabemos da importância do leite para a economia regional e até social e por isso a Amsop, como entidade representativa, está preocupada em buscar propostas que possam contribuir com a atividade. Temos que buscar parceiros e apoio para que as propostas possam avançar”, comentou o presidente.
O deputado Reichembach, idealizador da Frente Parlamentar de Apoio à Cadeia Produtiva do Leite, reiterou sua preocupação com a atividade no Sudoeste e confirmou empenho para apoiar iniciativas que favoreçam a cadeia produtiva. “A produção de leite da região é responsável por mais de 25% do volume de todo Estado e em crescimento. Por isso temos que pensar, junto com a Amsop, em ações que tragam bons resultados no futuro para tentar termos uma cadeia produtiva forte e organizada. Sou parceiro para lutar junto ao Estado por mais incentivos”, afirmou o deputado. 

Geneticista canadense explicou como funciona o mapeamento genético nos
Estados Unidos da América.

 

 

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