Geneticista canadense relatou experiência americana para antecipar informações sobre animais através do DNA.

Fotos: Assessoria
O futuro da bacia leiteira no Sudoeste do Paraná promete ganhar destaque nos debates e discussões em 2016, principalmente por ser um ano de grandes desafios frente a aumento de custo e remuneração comprometida. Pois é justamente nessa realidade que lideranças da região, comandadas pela Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), buscam mecanismos para apoiar a atividade dentro do projeto Leite Sudoeste.
O assunto foi tema da primeira reunião de trabalho do novo presidente da Amsop, o prefeito de Marmeleiro Luiz Bandeira (PP), ontem, 27. Representantes da Agência de Desenvolvimento Regional, Sebrae, Emater, Seab, UTFPR, laticínios, cooperativas de leite, associação de secretários municipais, grupo gestor, vereadores e empresas do segmento, além do deputado estadual Wilmar Reichembach (PSC), discutiram a possibilidade de implantação de projetos de mapeamento genético. O grupo recebeu com simpatia a proposta e pretende avançar nas conversas para possível implantação.
Antecipar informações
Na oportunidade, os representantes da empresa TAG do Brasil apresentaram a experiência empregada nos Estados Unidos e relataram a metodologia. A explanação foi proferida pelo geneticista da empresa, o canadense Patrice Simard, com apoio do diretor-técnico da TAG do Brasil, Celso Barbiero, e o presidente da empresa no Brasil, Jonei Bortolanzo.
Além de mostrar em painéis como se comprova a eficiência do mapeamento genético – ou genética genômica como é nomeada -, podendo antecipar em até cinco anos as informações dos animais, ainda explanaram sobre o desenvolvimento de projeto para uma cooperativa do Oeste de Santa Catarina.
Para o coordenador do Projeto Leite Sudoeste, médico-veterinário Clóvis Cuccolotto, a proposta tem como principal atrativo antecipar dados que podem acelerar o processo de melhoramento do rebanho e, consequentemente, de produção e qualidade. O mapeamento genético pode ser feito por meio do pelo do animal em qualquer idade, identificando se o animal tem gene que contribui com a produção de leite, inclusive se tem tendência á futuras doenças.
União de esforços
O grande impasse fica por conta do custo, já que o material precisa ser encaminhado para o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) e quando retorna é traduzido por um software especializado. Dessa forma lideranças tentam encontrar mecanismos para unir cooperativas, associações, entidades, instituições, governo estadual e federal para juntos custear o investimento.
Bandeira ressaltou a relevância da bacia leiteira para o Sudoeste e do comprometimento da Amsop em apoiar a atividade. “Sabemos da importância do leite para a economia regional e até social e por isso a Amsop, como entidade representativa, está preocupada em buscar propostas que possam contribuir com a atividade. Temos que buscar parceiros e apoio para que as propostas possam avançar”, comentou o presidente.
O deputado Reichembach, idealizador da Frente Parlamentar de Apoio à Cadeia Produtiva do Leite, reiterou sua preocupação com a atividade no Sudoeste e confirmou empenho para apoiar iniciativas que favoreçam a cadeia produtiva. “A produção de leite da região é responsável por mais de 25% do volume de todo Estado e em crescimento. Por isso temos que pensar, junto com a Amsop, em ações que tragam bons resultados no futuro para tentar termos uma cadeia produtiva forte e organizada. Sou parceiro para lutar junto ao Estado por mais incentivos”, afirmou o deputado.

Estados Unidos da América.