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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Antes de ser privatizado, Corredor Sudoeste deve ter novas terceiras faixas

Secretário de Infraestrutura indicou que aguarda estudos sobre o trecho e já tem recursos para as obras.

Durante a passagem por Francisco Beltrão, ontem, o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, falou sobre a situação do Corredor Sudoeste, rodovia que corta a região e tem 280 km entre Realeza e Palmas. O trecho será privatizado no ano que vem, num processo de concessão federal junto com outras rodovias do Estado.

“Vários trechos irão a leilão em 2021, mas queremos fazer um processo com transparência, com uma modelagem de preço justa e sem repetir erros do passado. A ideia é que em novembro do próximo ano as empresas já estejam assumindo essas rodovias”, afirmou Alex.

No entanto, antes de iniciar a concessão o Estado pretende realizar obras para aumentar a capacidade das vias, incluindo a PR-280. Segundo Alex, até abril o governo deve receber o estudo encomendado sobre a ampliação e construção de terceiras faixas ao longo do trecho – com recursos separados pelo Estado para a execução – o que aumentará a quantidade de pontos seguros para ultrapassagem. Uma outra novidade também está sendo estudada para um dos pontos mais problemáticos da rodovia. “Na região de Palmas estamos cogitando a pavimentação em concreto, nos moldes do que existe hoje na BR-163 [entre Realeza e Cascavel]”.

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Há vários anos lideranças da região pedem a modernização do Corredor Sudoeste. A Amsop, por exemplo, incluiu a melhoria da rodovia na Carta do Sudoeste e trata a questão como um dos temas prioritários para o desenvolvimento regional, dado o aumento do tráfego pesado para escoamento da produção e frequentes acidentes graves no trecho. Uma das reclamações frequentes dos usuários é a grande quantidade de caminhões sem tantos pontos de ultrapassagem e a má qualidade do pavimento em alguns pontos.

Além da falta de locais de ultrapassagem, má qualidade do pavimento é reclamação frequente de usuários da rodovia.

 

PR 280 parece aqueles filmes do tipo “O pesadelo continua”

Beto Rossatti
Parece que foi ontem que acompanhei o movimento regional “PR-280 Reforma Já!”, mas cinco anos se passaram sem que nada de concreto acontecesse.

Na época, uma delegação visitou o então governador Beto Richa, sendo recebida no Palácio Iguaçu, quando se apresentou a necessidade de reforma da rodovia em regime de urgência. A pedido das lideranças que lá estiveram, a cena se repetiu, o inquilino temporário do Palácio Iguaçu comprometeu-se a realizar uma operação de emergência para tornar a rodovia trafegável. Até que a coisa aconteceu, uma operação tapa-buracos foi realizada com a reforma de alguns trechos mais críticos.

Mas o problema foi resolvido de forma paliativa, e os buracos voltaram logo com as primeiras chuvas. As medidas até agora empregadas, com operações tapa-buracos mostraram-se ineficientes.
Lembro que o Consórcio Caminhos do Sudoeste apresentou um estudo que previa o aumento de 40% na capacidade da PR-280, no trecho de 285 quilômetros entre Realeza (entroncamento com a BR 163) e Palmas (entroncamento com a BR 153), caso ocorresse a privatização com os investimentos previstos pela iniciativa privada.

Além disso, a proposta incluía a duplicação de trechos urbanos, contornos, implantação de 170 quilômetros de terceiras faixas e reformulação de trevos de acesso em diversos municípios.
Mas, para variar, a história se repetiu e — adivinhem! — absolutamente nada aconteceu.

Utilizo a PR-280 pelo menos duas vezes por semana, até três, para o deslocamento para reportagens; não raro até Palmas, o trecho mais crítico. O quadro é o mesmo há dez anos, não sendo muito exato: carros quebrados no acostamento, motoristas irritados, prejuízos contabilizados.

É lamentável, mas o que vemos são discursos repetitivos, sem ações práticas de governos que entram e que saem. A história parece estar vivendo um novo capítulo, mas será que precisamos esperar o fim? Os protagonistas tendem a repetir o mesmo desfecho…

Beto Rossatti
Repórter da TV Sudoeste, free-lancer do Jornal de Beltrão e advogado em Pato Branco.

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