Organizadores prepararam almoço e bebidas para os participantes do evento.
“Um presidente vindo no Rio Elias eu nunca imaginei, ainda mais no campinho onde a gente se criou jogando bola”, comentou Fernande Giacomini, morador de Marmeleiro, que cresceu na região onde está localizado o Santuário de Nossa Senhora da Salete, no interior de Renascença. A PCH Bedim fica bem próxima dali e por isso o santuário – que tem um campo de futebol e bosques – foi o local onde apoiadores do presidente Bolsonaro se reuniram na esperança de vê-lo pessoalmente.
Giacomini foi até o local sozinho e sem muita pretensão. Mas, muita gente que estava lá se organizou em caravanas e chegou cedo para demonstrar apoio ao presidente. “Nós ajudamos na campanha e Pranchita foi uma das únicas cidades da região que o Bolsonaro ganhou, agora continuamos engajados com as propostas dele”, comentou Nori Ferreira, que reuniu um grupo de amigos e fez 140 km até o Rio Elias.
A concentração atraiu gente de vários municípios da região e também do Oeste de Santa Catarina. O pessoal que organizou o encontro trabalhou durante a semana na limpeza do espaço, assou carne e levou bebidas para quem vinha de mais longe e quisesse almoçar por lá. Alguns dos apoiadores entrevistados pelo JdeB chegaram às 8h, no local, e esperaram até o fim da tarde para ver Bolsonaro.
Produtores rurais compareceram em peso ao santuário, mas também havia empresários, aposentados e famílias com crianças, muitos deles usando bandeiras do Brasil e camisetas de apoio a Bolsonaro. Uma das participantes vestia uma camisa com o dizer “Ustra Vive”, outro exibia uma bandeira monarquista. Teve candidato a vereador levou um livro sobre aves combatentes e uma carta para entregar ao presidente, pedindo a liberação do galismo como esporte.
Máquinas agrícolas foram posicionadas no entorno do campo, com faixas agradecendo o presidente e enaltecendo os ideais do governo. “Ele tá dando muito apoio pra gente”, disse um dos agricultores. Um representante do grupo Bolsonarianos de Beltrão, que ajudou a organizar o evento, estimou que mais de 1.500 pessoas estiveram no local. Muitas, no entanto, não usavam máscara e não houve qualquer incidente.
Fotos, cumprimentos, presentes…
Antes de se encontrar com os apoiadores, o presidente Bolsonaro participou da cerimônia de inauguração da usina. Muita gente duvidava que o presidente iria até o campo do santuário – uns esperam ao menos um sobrevoo de helicóptero e um aceno – mas cerca de meia-hora antes da chegada equipes de segurança foram ao local e um cordão de isolamento foi montado.
Bolsonaro chegou com o governador Ratinho Júnior e comitiva e percorreu a fila cumprimentando as pessoas, tirando fotos e recebendo cartas e presentes, que eram entregues à equipe. Uma faixa do Marreco Futsal, no entanto, ele colocou sobre os ombros por alguns minutos. Os gritos e coro de “bolsomito” eram constantes e o presidente deixou o local cerca de meia-hora depois, em pé no estribo do carro e acenando para os apoiadores. Dali, seguiu de carro até a usina e pegou o helicóptero para Chapecó, onde o avião o esperava.
