Só em Londrina, foram 55 dias de internamento, dos quais 35 em leito de UTI.

Juliano Possenti, 28 anos, morador de Ampere, recebeu alta hospitalar há cerca de 15 dias e está em recuperação na sua casa. Ele sofreu um acidente numa funilaria, dia 28 de maio, quando teve queimaduras de segundo e terceiro graus em cerca de 30% do corpo. No dia do acidente ele foi socorrido ao Hospital e Maternidade Santa Rita, de Ampere, onde foi estabilizado, em seguida foi levado ao Hospital Regional de Francisco Beltrão e, no dia 31, por meio de transporte aéreo, levado ao Centro de Tratamento de Queimaduras, do Hospital Universitário de Londrina, onde permaneceu durante todo o tratamento. Juliano concedeu entrevista ao jornalista Júlio César Alves, da Rádio Ampere, e contou como tem sido seus dias de recuperação. A mãe do rapaz, Inira Pereira, também falou à reportagem sobre os dias de angústia que enfrentou enquanto seu filho estava hospitalizado. “Nós estamos nessa luta ainda de recuperação, junto aí com a assistência de fisioterapeuta e a família tá ajudando bastante”, comentou Juliano.
Foram 55 dias de internamento em Londrina, dos quais 35 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em coma e entubado. “Foi complicado, tive cirurgias nos braços, tive pneumonia, tive um problema de rim também, que deu uma parada lá, dependia de máquina para tirar água do corpo, mas graças a Deus estamos de volta e lutando né.” Ele agradeceu o apoio da família, dos irmãos, da mãe, que acompanhou ele durante todo seu tratamento em Londrina.
O dia do acidente
Juliano conta que só lembra que escutou uma explosão. “Teve vazamento de gás e como eu estava soldando, ele acabou acendendo esse vazamento e acabou na explosão, se queimando. Fui ajudado pelos vizinhos que sempre tão junto com a gente, me levaram para o hospital, onde eu tive um bom atendimento, no Hospital Santa Rita, que fizeram os primeiros socorros e me encaminharam para Beltrão.” O rapaz lembra até sua chegada em Beltrão, desde então permaneceu sedado e não recorda de mais nada. “Eu não consegui acordar por motivo de medicamento, eu fiquei entubado 35 dias, foi a parte que não acompanhei muito, porque daí era a mãe que tava por dentro dos assuntos.” Ele recebeu implantes, com tecido retirado da própria perna e transferido para os braços e no pescoço. “Já tive uma consulta em Londrina, com acompanhamento médico e daí eu já tirei medida da roupa que eu vou usar, a malha, né. Agora, dia 26 desse mês, eu ainda tenho uma nova consulta lá para fazer acompanhamento de como eu tô seguindo minha recuperação.” Além de trabalhar na funinalira, Juliano atua como DJ e diz que espera passar a pandemia de coronavírus para voltar a atuar nos eventos.
Agradecimento pelas orações
A mãe dele, Inira Pereira, também agradeceu todos os amigos e familiares que fizeram orações pela recuperação de seu filho. Ela contou que no dia do acidente estava em casa e levou um baita susto quando foi informada pelo patrão do filho. “Vieram me chamar aqui, o patrão dele veio me chamar. Foi um susto grande né, mas faz parte, nós vencemos. Fui com ele até Beltrão e já voltei porque não dava de ficar com ele. Aí, eu acompanhei ele quando ele foi pra Londrina.”