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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Após luta pela vida, filhos do prefeito comemoram primeiro aniversário

Com o sofrimento de um nascimento prematuro ainda na memória, os pais celebram um ano de idade do casal de gêmeos.

 

 

Cercados pela família e por amigos, o sorriso de Arthur e Lívia deixa claro:
“O sofrimento ficou para trás”.

Há pouco mais de um ano, em uma quarta-feira, 4 de junho, nasciam os filhos de Alberto (Beto) Arisi e Leila Zanin, prefeito e primeira-dama de Salgado Filho. Nasciam antes do tempo, prematuros, depois de uma gravidez de apenas 6 meses e 11 dias. Mal vieram ao mundo, ainda pequenos e frágeis foram levados para a UTI, enchendo os pais de preocupação. 
E isso tudo depois de um esforço enorme. Leila tinha uma doença que dificultou muito o sonho de ter filhos. Depois de desenganada pela medicina, em uma consulta de rotina, em 2013, o médico deu esperanças de uma fertilização in vitro. Leila já estava com 41 anos. Após o processo, Leila finalmente estava grávida. O sonho de um filho seria realidade. Mas seria realidade em dobro. Leila e Beto estavam esperando um casal de gêmeos. Durante os primeiros meses, a gravidez foi normal. Mas ainda era muito cedo quando os bebês resolveram nascer. Com apenas 6 meses e 11 dias de gestação, Leila deu à luz Lívia e ao Arthur. A menina, com 1,084 quilos e 38cm, e o menino, com 1,340 quilos e 40 cm, foram levados às pressas para a UTI.
“Meu primeiro contato com os bebês foi um turbilhão de sentimentos, ninguém pode imaginar a sensação de ver dois seres tão pequenos, quase cabiam na palma de nossas mãos, cheios de tubos e aparelhos que nem dava para vê-los direito. Eu e meu esposo começamos a chorar, até que eu passei mal e desmaiei”, conta Leila.
E a luta mal havia começado. A primeira-dama de Salgado Filho relata emocionada: “No segundo dia eu senti uma das piores dores que alguém pode sentir. A dor da separação. Era hora da minha alta e eu iria para casa sem levar nenhum dos meus bebês. Mas a certeza de que eu voltaria no outro dia me tornava forte. No terceiro dia, quando chegamos ao hospital, a doutora veio nos dar o boletim dos bebês e tudo tinha piorado para a Lívia. Começava então uma luta incansável pela vida da menina. “Cada dia que passava a situação se agravava e o medo de perder a nossa filha ia aumentando, colocamos todo mundo em oração.”
Com apoio de família e amigos, e muita oração, o casal continuou acompanhando o desenvolvimento dos bebês. Mas, morando em Salgado Filho e com as crianças no hospital em Beltrão, a rotina ficava cada vez mais pesada. Arthur não teve complicações, mas tinha que ficar no hospital para respirar e ganhar peso. A pequena Lívia sofria com bactérias no pulmão, infecção generalizada, pneumonia, derrame cerebral e paradas respiratórias constantes. 
Os pais sempre foram muito religiosos e chegaram a levar um padre para batizar e dar o sacramento dos Santos Óleos para as crianças. Até que na sexta-feira, 11 de julho, Leila chegou ao hospital e encontrou a pequena Lívia sem o tubo de respiração. A mãe se desesperou, chamou a médica e descobriu que, no meio da noite, a bebê tinha tirado seu próprio tubo. E reagido. “No dia anterior ela nem se mexia e agora estava lá, toda esperta, parecia que estava rindo pra mim. Ela havia melhorado da noite para o dia”, lembra Leila.
Na última semana, os bebês comemoraram o primeiro ano de vida, cercados por familiares e muitos amigos. Muito saudáveis e com um sorriso fácil no rosto, definitivamente, o sofrimento ficou para trás.  

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