Resultado negativo foi influenciado pela alta de custos do setor e pelo preço do frete, analisou o presidente da cooperativa.
Foto: Leandro Czerniaski/JdeB
As dificuldades do setor de transportes em todo o País também afetaram a região Sudoeste. A Coptrans, uma das maiores cooperativas do segmento no Estado, registrou queda de 5,6% em seu faturamento de 2017, comparado com o ano anterior. Um resultado que, segundo o seu presidente, Ezidio Salmória, foi influenciado pela alta de custos do setor e pelo preço do frete.
“Foi um ano turbulento e que ocorre na Coptrans é muito do reflexo da situação do Brasil como um todo; custos com manutenção, combustível e pneus vêm aumentando e o preço do frete não acompanha”, diz. “Tudo isso vai tirando uma fatia que é do lucro do transportador e vai apertando cada vez mais as finanças para os cooperados e também à cooperativa.”
Atualmente a Coptrans representa um terço de toda movimentação feita pelas cooperativas de transporte do Paraná. Ela também gerou mais de R$ 103 milhões em fretes para os cooperados no ano passado e seu faturamento anual foi de quase R$ 106 milhões.
Todos estes dados foram apresentados na assembleia geral ordinária, realizada na última sexta-feira, na churrascaria Marabá. No encontro em que participou boa parte dos 155 cooperados, a cooperativa distribuiu R$ 189 mil em sobras, que é o resultado financeiro dividido entre os associados.
Baldo substitui Stüpp
A assembleia ainda aprovou mudanças no comando da Coptrans. O cargo de vice-presidente passou a ser ocupado pelo então secretário, Denilso Baldo; ele substitui ÁlbioStüpp, o sócio número 1 da cooperativa e falecido em abril passado. Também foi chancelado o novo conselho fiscal – substituído todo ano – e renovada a autorização para a cooperativa realizar transações como compra e venda de bens e empréstimos.
Aumentar faturamento
Apesar da queda no faturamento a Coptrans projetou melhores resultados neste ano. No orçamento para 2018 apresentado no encontro, a cooperativa destacou que pretende crescer mais de 7% e chegar a R$ 113 milhões de faturamento, com pelo menos R$ 150 mil em sobras para os cooperados.
“Vamos nos esforçar para cumprir estas projeções, seja fortalecendo alguns segmentos específicos, gerando mais receitas ou adequando as despesas”, ressaltou Salmória. “Nosso foco maior é o transporte de carnes e esse setor não tem indicativos de parar, mesmo a operação Carne Fraca tendo impactado um pouco no transporte”, complementa.
A Coptrans atualmente é uma das responsáveis pela logística de boa parte da produção avícola da região. A cooperativa possui a matriz em Francisco Beltrão e uma filial em Rondonópolis (MT), além de unidades em Paranaguá, Lucas do Rio Verde (MT), Itajaí (SC) e São Bernardo do Campo (SP).
