Árvore símbolo do Estado, a araucária já chegou a ocupar metade do território paranaense. Também conhecida como pinheiro do Paraná, seu grande valor econômico fez com que a exploração quase levasse a espécie à extinção no século passado. Respeitadas e apreciadas pela população pato-branquense, ao longo dos anos as araucárias vêm sendo preservadas, ganhando espaços privilegiados na área urbana do município.
Há aproximadamente 30 anos, quando foi criado o Bairro Novo Horizonte, na zona sul da cidade, um exemplar da espécie foi preservado. Até hoje a araucária situada na Rua Bento Gonçalves é um grande símbolo local. Na área central da cidade, uma araucária solitária é a guardiã da porta de entrada da agência dos Correios, na Rua Caramuru. E no recém-inaugurado prolongamento da Rua Tocantins é um exemplar da espécie, preservado no meio da rua, que dá as boas-vindas aos moradores e visitantes do bairro São Francisco.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Nelson Bertani, a estimativa apontada pela circunferência das árvores é que elas têm aproximadamente 70 anos, 40 e 60, respectivamente.
Para os moradores e trabalhadores dos arredores, a existência das árvores é um estímulo à preservação. “Esse pinheiro é importante porque é o símbolo do Paraná. Ele estar aqui é uma forma de conscientizar quem vem aqui para a importância da preservação ambiental. Quando chega o Natal, a Prefeitura enfeita e ele também se torna um cartão postal da cidade”, diz Samir Bahls, funcionário da agência dos Correios.
araucária tem aproximadamente 70 anos.
Preservação x vandalismo
Como forma de estimular a preservação ambiental, a atual administração municipal vem dando exemplo optando, sempre que possível, pela preservação de árvores da espécie. Como na revitalização da Rua Ivaí, na qual foram conservados seis pinheiros que deveriam ser derrubados para dar lugar à calçada.
Outro exemplo é a araucária da Rua Tocantins, que ganhou destaque nas redes sociais e até mesmo na imprensa do Estado após sofrer um ato de vandalismo no mês de abril. “A reação da população foi muito interessante. A população se revoltou com o incidente, pois eles adotaram o pinheiro como se fosse parte da casa deles. Recebemos muitas manifestações através dos meios eletrônicos falando da indignação pelo ato de vandalismo. Recebemos mais de 20 ligações de manhã cedo naquela terça-feira, informando sobre o dano na árvore”, relembra o secretário.
Bertani destaca que, mesmo com tantos anos de existência, nenhuma das outras araucárias havia sofrido com atos de vandalismo até então. Após passar por tratamento, o pinheiro da Rua Tocantins foi cercado para evitar novos ataques.
