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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Atendimento do Caps é feito de mãos dadas com outras instituições

 

O Caps promove serviço de saúde, no cuidado integral às
pessoas com transtornos mentais ou necessidades
decorrentes do uso de drogas e álcool. 

Há uma mês e meio, o Centro de Atendimento Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps – AD 3) funciona em Marmeleiro. A instituição conta com atendimento ambulatorial e acolhimento noturno, além de ter uma equipe de multiprofissionais. O Caps promove serviço de saúde, no cuidado integral às pessoas com transtornos mentais ou necessidades decorrentes do uso de drogas e álcool. 

O serviço atende pacientes dos municípios da 8ª Regional de Saúde. Eles chegam à clínica por meio das secretarias municipais de Saúde ou pessoalmente no local. Atualmente, o Caps atende em torno de 30 pessoas, mas a capacidade prevista é de 60 pacientes, entre os acolhidos (noturnos) e o tratamento ambulatorial. A diretora da instituição, Roseli Newton, comenta que, para ter acesso ao serviço, basta ter vontade de se tratar. 

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Das pessoas atendidas até o momento, 27 delas passaram pelo acolhimento noturno e quatro participam,  das oficinas desde o início. “Como é um serviço novo, tanto para a equipe quanto para as unidades que encaminham os pacientes, podemos dizer que esta é uma boa demanda. Permanecem na instituição aqueles que vieram de municípios que não contam com Caps, aquelas pessoas que tem com serviço em suas cidades voltam para os locais de origem e seguem o tratamento, como é o caso de Beltrão”, esclarece Roseli. 

Isso acontece porque o convívio social do indivíduo ocorre em sua cidade de origem e o apoio da família e dos amigos é importante para dar sequência ao tratamento. O objetivo do Caps é fazer o primeiro atendimento, incentivar e orientar os pacientes e suas famílias. 

Dos 31 pacientes, 13 vieram sozinhos, ou seja, sem serem encaminhados por secretarias de Saúde. O Caps preconiza que o paciente queira participar do tratamento, então não há pacientes que permaneçam na entidade de forma forçada. “Os pacientes que participam do acolhimento noturno, ou seja, são internos do Caps, se encontram em situação de risco. Nós temos vários pacientes há quase 28 dias abstinentes, até temos um moço, de um município distante, e ele permanece aqui. O trabalho do Caps não acontece sozinho, ele é feito de mãos dadas com os municípios, secretarias de Saúde e com a família”, conta Roseli. 

Para recomeçar
Roseli Newton comenta que o trabalho do Caps contribui muito para o tratamento do dependente de álcool e drogas, mesmo que isso dependa de toda rede de atenção à saúde. “Imagina a situação, você não tem mais condições financeiras, a sua família está desacreditada e você precisa do apoio de alguém. Quando a pessoa opta por procurar o tratamento, participa das atividades do Caps, a família também volta para resgatar a pessoa. O nosso serviço vale como uma injeção de ânimo”, frisa a diretora da instituição. 

 

Paciente diz que serviço evoluiu muito no primeiro mês

 João (nome fictício para manter em sigilo a identidade do paciente) procurou o serviço do Caps, de Marmeleiro, ainda no segundo dia de atendimento da clínica. Ele soube pela mãe que o município teria o recurso gratuito de atendimento à saúde. “Eu vim ver como era, porque já passei por outro internamento e queria saber se era como eu queria”, lembra o paciente sobre o primeiro internamento, do qual foi forçado a participar. 

A reportagem pergunta sobre a qualidade do atendimento do Caps, e João se certifica se é para falar a verdade. Com a confirmação, ele foi crítico: “No começo, eu achei meio despreparado, as atividades que faziam aqui, ainda faltava alguma coisa, mas cresceu bastante e dá para ver que estão ajudando o pessoal. Todos estão achando excelente agora, porque muitos passaram por situações difíceis, onde eles ficaram amarrados durante o tratamento, diferente do trabalho que é feito aqui, por meio de oficinas”.

Com um mês de tratamento, João afirma que mudou a maneira de agir e como vê as coisas. “Tenho visão do que eu fiz de errado, de que é preciso pensar antes de agir. Quero fazer uma faculdade e continuar nesta área (Saúde), vi que gosto de ajudar os outros”, disse João, que aproveitou a oportunidade para agradecer a ajuda de toda a equipe, que “está contribuindo com muita gente”. 

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