Ato de vandalismo na Zona Sul
Dois atos de vandalismo chamaram atenção nos bairros Alvorada e São Cristóvão nesta semana. Na rua Dom Pedro I no São Cristóvão, Nelson Gonçalves com 63 anos mantém quatro terrenos limpos, e produzindo alimentos. Mandioca, hortaliças, que são utilizadas na alimentação de sua família e dos vizinhos. Infelizmente alguns moradores jovens do bairro parecem não compartilhar dos mesmos ideais. Um ataque ao mandiocal de Nelson destruiu grande parte da produção de mandiocas.
Os pés foram arrancadados e deixados ali para apodrecerem. Nelson estava doente e ficou dois dias sem aparecer na horta. “Praticamente toda a produção foi perdida, e por pura maldade, porque se tivessem utilizado na alimentação até seria compreensível”, desabafa o ancião. Na zona Sul existem dezenas de terrenos baldios. Se o exemplo de Nelson Gonçalves fosse seguido, não teríamos problemas de terrenos sujos na cidade. Poderiam ser produzidos centenas de quilos de alimentos entre hortaliças e legumes de qualidade para alimentar a população dos bairros. “Muitos vizinhos já desistiram de plantar nestes terrenos, porque quando não roubam, destroem”, afirma Nelson. Outra atitude desagradável foi registrada no bairro Alvorada. Todas as placas de sinalização foram destruídas, retorcidas ou arrancadas na madrugada de domingo. Alguns moradores viram os autores do vandalismo, mas tem medo de se envolver. Alguns afirmaram que existem gangues no bairro que ameaçam e perseguem quem ousa enfrentá-los. A população prefere então se calar e deixar que os marginais ajam livremente. As autoridades até sabem do problema, mas fica difícil resolver sem a ajuda da comunidade. Os moradores devem ajudar a cuidar do patrimônio público denunciando ações de vandalismo quando avistarem. Somente desta forma será possível combater a ação destas poucas pessoas, que prejudicam a coletividade.