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Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Audiência debate “Setembro da Paz”

Regional

 

Alep – Reunindo pessoas de grupos e instituições engajadas no ativismo pela cultura de paz, o deputado Delegado Recalcatti (PSD) promoveu sexta-feira, 4, uma audiência pública virtual para debater o projeto de lei de número 480/2020, de autoria do senador Flávio Arns (Podemos), que prevê a criação da campanha “Setembro da Paz”, a ser celebrada anualmente, em todo o território nacional no mês de setembro, com o objetivo de incentivar ações voltadas à promoção da paz e ao combate à violência.

A Campanha deverá integrar o Calendário Oficial de Eventos em âmbito nacional e ter como símbolo um laço na cor branca. “Conseguimos reunir pessoas voltadas para a cultura e o discurso da paz e estamos felizes em poder contribuir com o debate em um tempo em que o discurso de ódio toma conta da sociedade, especialmente no ambiente virtual“, destacou o Recalcatti, ao iniciar os trabalhos.

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A audiência foi realizada a partir de uma parceria do Poder Legislativo, do autor e do Instituto Galileo Galilei, cujo fundador e presidente, Rafael Cury sugeriu, durante o debate: “Gostaríamos de uma articulação para que o projeto seja aprovado já neste mês, onde temos o 21 de setembro instituído pela ONU como Dia Internacional da Paz”.

A proposta, que atualmente está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, teve as discussões iniciadas em Curitiba, como lembrou o senador Flávio Arns, na abertura da audiência e, segundo ele, está em consonância com o que preconiza a Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (Unesco). “A paz tem a ver com todos os setores. Se ela for estabelecida, teremos uma sociedade de paz. Paz é fruto da justiça, realização e concretização da vida, direitos humanos, solidariedade, meio ambiente. Nós queremos que as pessoas tenham direito à renda, ao pleno emprego, à educação para todos. Isso é justiça e a paz é fruto de tudo isso”, ressaltou.

Faz parte da proposta aprimorar o pluralismo, pregar a tolerância e o respeito, com um mês inteiro dedicado a ações concentradas pela cultura de paz. “Cada um de nós tem que ser a semente da transformação”, frisou Arns.

 

Curitiba, berço da campanha

A audiência teve presença de nomes da arte nacional. Apesar de considerar a paz como abstrata, o ator, escritor, produtor teatral e cineasta Carlos Vereza defendeu que Curitiba funcione como uma espécie de berço da campanha, já que a cidade foi pioneira em outras causas que deram certo. “Curitiba sempre esteve na vanguarda do urbanismo. Então, por que não transformamos Curitiba num tambor de atividades práticas que simbolizem ações concretas de atos pela paz?”

Lucia Veríssimo, atriz e ativista da paz, lembrou que o Brasil tem 19 das 50 cidades mais violentas do mundo, o que representa 38% do total. Ela fez um discurso de conciliação, relatando que a sociedade aprendeu a acreditar que as batalhas ganhas representam poder, mas crê que uma sociedade de paz se faz com educação e cultura. “A paz é um ideal, mas também, a perfeição. O que vemos por aí é tudo que não queremos”.

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