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Francisco Beltrão
sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Barracão tem a primeira indústria do vestuário do Sudoeste a utilizar energia solar

“Economia em média de R$ 7mil/mês”, este é um dos resultados obtidos na Lunegil Indústria de Confecção de Barracão, que passou a contribuir com o meio ambiente e, por consequência, obtém redução dos custos fixos da produção. O projeto foi concluído este ano e o sistema teve um custo de R$ 300mil, financiados pelo Sicredi, através de linhas do BNDES, com juros altamente competitivos. O investimento a longo prazo já deu reflexo no primeiro mês de funcionamento. A empresa prevê o retorno do investimento em quatro anos. 
O sistema foi instalado com 10 inversores responsáveis por transformar a energia solar e 240 placas localizadas no telhado da fábrica. A energia gerada vai abastecer a fábrica, suas cinco lojas e mais duas residências do proprietário. “Gastávamos em torno de R$ 11 mil mês em energia elétrica, com o sistema ligado, nosso consumo foi de apenas seis watts em cinco dias, o consumo de uma lâmpada. Dias de céu limpo, o excedente da energia que produzimos fica no crédito junto a Copel para que possamos utilizar em dias de céu nublado. Em dia de sol, a fábrica funciona 100% com energia solar e vamos chegar a ter um excedente entre 25% a 40% do que consumimos”, segundo Gilmar Wsachholz, empresário e proprietário.
 
Reaproveitamento de água das chuvas há mais de 20 meses

A empresa tem consumo alto de água no setor da serigrafia, os custos com taxa/consumo, há
dois anos, eram em torno de R$ 1.200,00/mês, o que motivou a empresa em investir na captação da água da chuva, a partir de então, 95% da unidade passou a utilizar água reaproveitada abastecendo a área da produção (incluindo serigrafias), limpeza e abastecimento de nove banheiros para uso de 80 pessoas em média.  “Água agora é taxa mínima em torno de R$56,00/mês, que é utilizada para consumo humano, já economizamos em torno de R$ 23mil nos últimos 19 meses”, segundo Gilmar Filho, estudante de Engenharia da Produção e um dos responsáveis pelas mudanças na fábrica. As oscilações no custo com energia no setor já apresentam impacto no custo final do produto. Segundo estudos do Departamento Econômico da FIEP, apresentado na última reunião do Conselho Setorial do Vestuário do PR, com as mudanças nas políticas do sistema nacional de geração-distribuição de energia, as empresas passaram a sofrer impactos nos custos que até 2014 para este setor não chegava na casa do 1%, porém, a realidade agora é outra.
 
O pior sol do Brasil é melhor que a Alemanha
“Esta realidade atesta a grande vantagem de se investir  neste modelo de geração de energia”, segundo o empresário Edson Flessak, empresário de Francisco Beltrão. A Flessak  responsável pela implantação do projeto na Lunegil. Segundo ele, no Sudoeste, a irradiação permite entre 17% a 19% em conversão da solar para elétrica, tem outras regiões bem superiores, assim, se para a região já é grande, a vantagem do ponto de vista ambiental e econômico, o Brasil tem tudo para ser um dos maiores parques na geração de energia solar do mundo. “A região está engatinhando, mas recebemos em torno de 15 propostas/mês de projetos e devido ao atual quadro econômico brasileiro, alguns não têm tido êxito devido ao acesso às linhas de investimentos a longo prazo, mas quando melhorar, os investimentos retornarão muito forte.” Na tarifa do Paraná, o retorno do investimento, na grande maioria, é de seis anos.

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