Município responde por quase um quarto dos novos postos de trabalho do Sudoeste.
Entre janeiro e novembro, Francisco Beltrão gerou 1.230 novos empregos, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Cerca de 25% das novas contratações ocorreram no último mês e ajudaram a posicionar o município como o que mais gerou empregos com carteira assinada na região, neste ano. Beltrão é responsável por quase um quarto dos novos postos criados no Sudoeste – foram 5,7 mil em todos os 42 municípios.
O desempenho recupera as perdas de 2018, quando houve o fechamento da linha de abates de perus da BRF e a perda de quase 800 empregos no município. No ano passado, o resultado foi positivo, mas tímido: 344 nova vagas. Na visão do economista José Maria Ramos, da Unioeste, diferentes setores estão conseguindo se manter em meio à pandemia em cidades menores, com maior participação da agropecuária.
“O crescimento da atividade da construção civil está associado à redução dos juros do setor habitacional. Por outro lado, a indústria está buscando uma recuperação em razão de crises anteriores. E o comércio acabou de uma certa forma se beneficiando do programa de expansão de demanda, o auxílio emergencial. O mercado de trabalho foi menos afetado em cidades menores que têm sua base econômica nas atividades agrícolas”, analisa – ressaltando que os dados requerem um olhar mais aprofundado.
Além de Beltrão, somente Palmas gerou mais de mil novos empregos neste ano. Outros municípios da região, como Capanema, Pato Branco e Dois Vizinhos, também aparecem em destaque. Entre os menores, São João, Santa Izabel do Oeste, Nova Prata do Iguaçu e Marmeleiro estão bem colocados. Somente quatro municípios perderam empregos no acumulado do ano.
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