Para o presidente da APS, Jacir Dariva, chineses estavam escondendo dados sobre a peste suína e sobre o rebanho suíno.
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ADI e JdeB – As importações de carne suína da China mais que dobraram em julho deste ano e chegaram a 430 mil toneladas, um volume recorde mensal. As informações são de dados de alfândega no último domingo, 23.
Importadores chineses têm comprado grandes volumes da carne neste ano devido à escassez de oferta doméstica, depois que uma epidemia de peste suína africana matou milhões de suínos. A doença foi detectada no ano passado nos rebanhos de criadores chineses.
As importações de carne suína do Brasil, em julho, ultrapassaram as 400 mil toneladas de junho, que haviam sido até então as mais elevadas no ano. Entre janeiro e julho, as importações de carne suína atingiram 2,56 milhões de toneladas, contra pouco mais de um milhão no ano anterior.
O presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), itapejarense Jacir Dariva, disse ao JdeB que no setor era o que se comentava quando começou a peste suína no país asiático. “Eles ficaram escondendo bastante dados. Então, por aí você vê… E eles tão em falta [de carne]. Eles não compram mais carne no mundo porque não tem pra suprir a necessidade deles”.
Esta necessidade de abastecer o mercado chinês vem resultando num aumento nos preços do quilo do suíno no Brasil. No Paraná, o preço médio de julho para agosto saltou mais de R$ 1 e agora, na média, está R$ 7.
Até o ano passado a China era a principal produtora de carne suína do mundo, com 43%; os países da União Europeia respondiam por 22%, Estados Unidos 11% e o Brasil com 3,88%.