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terça-feira, 03 de junho de 2025

Edição 8.218

04/06/2025

Caminhoneiro de Ampere relata como é trabalhar durante a pandemia

Regional

Por Júlio Cesar Alves
Os caminhoneiros fazem parte do grupo de trabalhadores que não parou durante a pandemia de coronavírus que atinge o Brasil. Para Diogo Menin, 32, que atua há sete anos como motorista da empresa Movelmar, indústria de móveis de Ampere, o País para se a classe não pegar a estrada. Ele conta que as maiores preocupações antes desse problema sanitário chegar eram com roubo e acidente. Porém, agora o medo é com o vírus.
“O trabalho está sendo normal, mas com muitas restrições e cuidados que antes não existiam. Em toda entrega eu uso a máscara e álcool em gel na higienização. O dia a dia é igual, mas do começo ao fim da viagem adoto as recomendações que a empresa passou pra evitar o contágio”.
Diogo viaja com o caminhão da empresa pelo Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo e, de acordo com ele, transitar pelas estradas paulistas foi o momento que mais gerou receio. “Naqueles primeiros dias da pandemia eu estava fazendo entregas em São Paulo e, como tudo era novo, tive um medo maior,” conta.

Empresas fechadas
Não é comum ver empresas fechadas nas viagens, segundo o caminhoneiro. Vários postos de combustíveis adotaram restrições e em alguns pode-se apenas abastecer. Em outros não encontra restaurante aberto. Tem muito comércio de portas fechadas.
Em algumas regiões Diogo reforça que os cuidados à prevenção são mais visíveis. “Tem municípios com barreiras sanitárias onde somos informados sobre as restrições da localidade. Já cheguei em município que tinha horário pra carga e descarga. Mas tem alguns que as medidas são mais flexíveis.”

Preocupações na boleia
A novidade no dia a dia do caminhoneiro é medir a temperatura e anotar no diário de bordo. “Eu sigo as determinações e uma delas é verificar a temperatura corporal duas vezes por dia com termômetro. Depois que encerro a viagem entrego essas informações para a empresa. Também vou mantendo contato com quem está na firma pra dizer se tenho ou não sintomas gripais.”
A esposa de Diogo, Jaqueline Fantin Menin, 35, atua em uma indústria de confecções da cidade. Ela e a filha Mariana de 13 anos contam que sempre existe preocupação. “Não tem como ficar em casa. Existe sempre o medo da contaminação, mas até quando ele chega de viagem a gente toma alguns cuidados com as roupas e material que ele leva junto. É uma forma de se prevenir.”

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Diego Menin trabalha de motorisa da Movelmar há sete anos..

 

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