Até ontem à tarde, havia registro de três pontos de bloqueios nas rodovias do Sudoeste do Paraná, em Realeza (PR 182), Marmeleiro e Clevelândia (PR 280). Em Barracão, na BR 163, teve manifestação, mas a rodovia não foi fechada. Em todo o Estado, as autoridades contabilizaram 11 bloqueios, sendo oito em rodovias estaduais e três em federais.
O caminhoneiro autônomo Idair Parizoto, morador de Planalto, chegou ontem à noite de Brasília, depois de uma reunião na quarta-feira, 22, com representantes do governo e empresários para reivindicar a aprovação de uma tabela de frete mínimo para o transporte de mercadorias. Os caminhoneiros alegaram que a medida traria mais proteção à categoria em casos de oscilação do mercado. A proposta não foi aceita pelo governo.
Parizoto acredita que o movimento irá ganhar mais força neste final de semana, com a adesão de pelo menos 70% da categoria em todo o país. “O governo nos levou só na conversa, nenhum dos itens que estavam sendo negociados foi aprovado. Descobrimos que não é o governo quem manda no país, mas sim o agronegócio”, desabafa. Ele informa que não há previsão para a paralisação terminar e que estão sendo permitidas as passagens apenas de carros pequenos, ônibus, cargas vivas e ração para animais.
O motorista afirma que os caminhoneiros estão indignados com o adiamento da votação da Medida Provisória 661/2014. A medida autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) a refinanciar as dívidas dos caminhoneiros e de pequenos empresários do setor de transporte.
Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, um valor mínimo para o transporte de cargas é inconstitucional. Para tentar solucionar o impasse, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou ontem, no Diário Oficial da União, uma resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela, que servirá apenas como referência para os custos de fretes. *Com informações da Agência Brasil.
Caminhoneiros devem intensificar bloqueios
