Com menor custo, investimentos nas estradas do interior indicam melhor resultado prático

Trabalho pioneiro está sendo concluído na comunidade de Santo Antônio.

Na quinta-feira, 21, o prefeito de Clevelândia, Ademir Gheller (PMDB), esteve em Vitorino para conhecer o novo programa que o prefeito Juarez Votri (PMDB) está encaminhando numa estrada rural da comunidade de Santo Antônio.
Trata-se de 1,5 quilômetro de um projeto-piloto no Município e que deverá ser estendido para outras comunidades. A ideia, basicamente, é melhorar o tráfego de veículos, impedindo a erosão e dando mais sustentabilidade à estrada, inclusive com maior proteção à natureza.
“Já veio o prefeito de Clevelândia e outros estão mostrando interesse em conhecer”, destacou o prefeito Juarez, afirmando que está disposto a mostrar a novidade para os colegas sudoestinos.
“A tecnologia consiste no tratamento permanente de solos, com o objetivo da manutenção de estradas, com baixo custo; o princípio básico  do produto reside da reatividade do material com as partículas do solo, e os minerais de argila e siltes entram em contato com as moléculas do produto, ocorrendo uma alteração química permanente da estrutura da molécula, tornando-a impermeável”, comentou o agrônomo Marciano Vottri, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento do Interior e Agricultura. Ele, o prefeito Juarez e o engenheiro Michael Lundgren Rodrigues, responsável pela obra – que está concluída em cerca de 15 dias de trabalho, desde a análise preliminar do solo até o término -, acompanharam a reportagem do Jornal de Beltrão.
“Não tem risco para o meio ambiente, o produto, que é da África do Sul, já vem com o selo verde internacional”, disse o prefeito.
Municípios de Santa Catarina já estão há mais tempo usando essa nova tecnologia – que está no Brasil desde 2007, segundo o engenheiro Michael.
Além de manter a estrada boa por mais tempo, a tecnologia do “agente estabilizador de solo” deixa o serviço mais barato.
O secretário Marciano observa que o custo do metro quadrado é de R$ 14 – contra R$ 32 do metro quadrado de calçamento.