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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Com R$ 2,1 bi, Paraná projeta a maior modernização da rede elétrica no campo

É o maior investimento da Copel Distribuição e o principal do País nesta área. A espinha dorsal da rede será trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica, implantada na década de 1980.

O presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, fala durante o lançamento do Programa Paraná Trifásico, em Curitiba. Participaram também o governador Ratinho Júnior, vice Darci Piana; vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano; secretários: de Desenvolvimento Urbano, João Carlos Ortega;

de Agricultura, Norberto Ortigara; de Planejamento, Valdemar Jorge, e o secretário chefe da Casa Civil, Guto Silva, entre outros.

Foto: Arnaldo Alves / AEN.

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O Governo do Paraná vai realizar o maior programa de modernização energética na área rural do Estado. Lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), o programa Paraná Trifásico será implantado pela Copel e envolve investimentos de R$ 2,1 bilhões e 25 mil quilômetros de redes trifásicas de energia no campo, em todo o Paraná, até 2025. O lançamento foi em solenidade no Palácio Iguaçu, junto com o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero.

É o maior investimento da Copel Distribuição e o principal do País nesta área. A espinha dorsal da rede de distribuição no campo será trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica hoje existente, que foi implantada na década de 1980.

“A modernização acompanha o desenvolvimento do agronegócio paranaense, que é cada dia mais produtivo”, afirmou o governador. “É o maior programa do Brasil de linha trifásica, que trará um aumento de produtividade a todo o setor, desde o pequeno agricultor até as grandes cooperativas”, disse Ratinho Júnior.

“É um problema que vem faz tempo, agora com esse investimento anunciado pelo Ratinho sinaliza que vai se resolver, isso é extraordinário”, comentou o prefeito de Bom Sucesso do Sul, Nilson Feversani (PSDB). Seu município é um dos que mais sofre na região com quedas de energia.

Para o prefeito de Pérola D´Oeste, Nilson Engels (PSC), também presidente da Comissão da Agricultura e Meio Ambiente da Amsop, a notícia vinda do Palácio Iguaçu “é muito importante”. Ele lembra que é uma pauta da Amsop essa luta por uma melhor energia no campo e que já foram feitas audiência públicas com a Copel, prometendo investimento. “Agora está anunciado, que bom, será muito importante para a economia do Sudoeste”, disse o prefeito.

Ampliação
O governador Ratinho ressaltou que um produtor que tenha uma granja de frango, por exemplo, muitas vezes não consegue ampliar a produção porque a rede não aguenta os equipamentos ou novas tecnologias. O novo sistema elimina essa dificuldade. “O programa vai transformar as cadeias produtivas do leite, da avicultura, piscicultura e suinocultura e, acima de tudo, vai levar uma energia de qualidade, garantir que não tenha queda e dar a tranquilidade para o Paraná crescer nos próximos 30 anos”, completou.

O presidente da Copel, Daniel, afirmou que o investimento eleva a área de distribuição da companhia a outro patamar. “O programa vai atender melhor o nosso consumidor, permitir que ele continue crescendo e melhore a sua produção para contribuir com o desenvolvimento do Estado”, afirmou.

“A Copel terá um benefício triplo: ela melhora o fornecimento de energia, reduz os custos, porque a rede demanda um custo menor de manutenção, e aumenta sua base regulatória, por onde é remunerada pelos seus ativos”, explicou Daniel Pimentel.

 

Menos quedas de energia elétrica
Com o Paraná Trifásico, a Copel vai garantir melhoria da qualidade no fornecimento de energia para o campo, além de renovar seus ativos e prover mais segurança aos seus empregados e à população. Os novos cabos são todos protegidos, com nível de resistência reforçada quando atingidos por galhos de árvores ou outros objetos.

Hoje, redes isoladas sofrem com a queda de energia. Com o trifaseamento, haverá interligação entre elas. O efeito será a criação de redundância no fornecimento, ou seja, redes que hoje estão próximas mas não se conversam, passarão a ser interligadas. Se acabar a energia em uma ponta, a outra fornece o abastecimento e, em caso de desligamentos, os produtores rurais terão o restabelecimento da energia mais rápido.

Culturas que dependem da energia elétrica intensiva para a sua produção, como de leite e derivados, suinocultura, avicultura, piscicultura e fumo, serão as grandes beneficiadas. O reforço nas redes também será importante para a irrigação das lavouras e abastecimento de água pelos poços artesianos, que dependem de energia de qualidade.

 

Agronegócio será beneficiado diretamente
O secretário estadual Norberto Ortigara (Agricultura) afirmou que o investimento representa um grande ganho para o agronegócio paranaense.

“Energia é um insumo cada vez mais importante no campo. A produção evolui na mecanização, digitalização e nos processos de produção de animais, que têm uso intensivo de energia”, explicou. “O agronegócio paranaense cresceu muito, mas não houve investimentos mais consistentes na área energética que acompanhasse esse crescimento”, afirmou.

De acordo com o secretário, o trifaseamento das redes de distribuição contribuirá muito com o crescimento ainda maior da produção paranaense e do processamento industrial. “Os produtores às vezes ficam sem o lucro do ano porque perderam uma fornada de tabaco, um tanque de expansão de leite, morreram pintainhos ou leitões por causa da queda de energia”, disse.

O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destacou que muitas cooperativas aguardam o fortalecimento da rede de energia para ampliar seus investimentos. “Energia em quantidade e qualidade é um fator de desenvolvimento, o produtor tem possibilidade de se modernizar e evoluir”, afirmou.

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