Prefeitura, Associação Empresarial de Dois Vizinhos (Acedv/CDL) e Sociedade Rural Vale do Iguaçu destacaram o cenário de crise nacional.
Na manhã de ontem, 28, uma reunião na Associação Empresarial de Dois Vizinhos (Acedv/CDL) definiu que a Expovizinhos será adiada para 2018. O evento reuniu representantes da Prefeitura, Acedv/CDL e Sociedade Rural Vale do Iguaçu, que organizam a feira. A instabilidade econômica que o País vive e a alta demanda de investimento no Parque de Exposições, onde será necessário a troca de cobertura dos dois pavilhões da Indústria e Comércio, uma nova infraestrutura de Praça de Alimentação e a reforma dos banheiros – num investimento de aproximadamente R$ 800 mil -, estão entre os motivos apontados para o adiamento. Uma pesquisa também foi realizada com empresários da cidade, que também apontou que poucos comerciantes locais tinham a intenção de participar da feira como expositores.
Em nota, as entidades informaram que a decisão foi extremamente avaliada com lideranças da comunidade. “Diante do cenário instável e de dificuldades pelo qual o País atravessa, em comum acordo, os pilares da realização da Expovizinhos, utilizando-se do bom senso, decidiram adiar a realização da feira para novembro de 2018”, diz a nota.
O documento ainda ressalta que a atitude gera mais tempo para que os expositores possam superar a crise. “O tempo é considerado hábil para que o comércio e a indústria possam se fortalecer para expor com seu melhor potencial e oferecer diferenciais relevantes ao evento e para que os investimentos necessários na infraestrutura do Parque de Exposições sejam viabilizados pelo poder público e demais organizadores, sem interferir nos serviços essenciais do município, como a saúde e a educação”, completa. A nota enfatiza que a feira foi apenas adiada e que outras ações serão realizadas durante o ano para fomentar o comércio, a indústria e o agronegócio no município, assim como para comemorar o aniversário de Dois Vizinhos.
Opiniões divergentes
Entre os duovizinhenses, a decisão de adiar a feira gerou elogios e críticas. “Temos que analisar dois pontos: o primeiro é o poder público não conseguir os recursos necessários para a realização do evento sem que prejudique o andamento e investimentos nos setores essenciais. O segundo é que a não realização deixa de movimentar a economia do município, que perderá investimentos. Não haverá geração de empregos temporários e famílias que trabalham nessa época ficarão no prejuízo”, ponderou Sandro Barcelos. Tiago Barbosa achou a decisão acertada. “Achei uma boa atitude”, resumiu. Daiane Magali Camicia também aprovou a não realização da feira. “Ótimo, estamos precisando de mais recursos na saúde, não em Expovizinhos”, disse. Dione Luiz, por sua vez, é contra o cancelamento. “Em outubro, o prefeito disse que havia colocado a casa em ordem e teríamos quatro anos de desenvolvimento. Agora, cancelam a Expovizinhos”, contextualizou.
