Muitas pessoas ajudaram na construção com suas doações.

Domingo, 6, a comunidade católica de Salgado Filho participou da cerimônia religiosa de inauguração da Igreja Matriz São Francisco de Assis.
A missa foi presidida pelo bispo diocesano dom Edgar Ertl e foi concelebrada pelo frei Mikael Mezzomo, pároco, e demais sacerdotes.
Um texto foi elaborado para relembrar como se deu a construção da primeira igreja e da que foi inaugurada no último final de semana.
Histórico sobre a Igreja Matriz de Salgado Filho
“A Comunidade Católica da cidade de Salgado Filho teve sua primeira igreja construída na parte alta, face sul da cidade onde hoje localiza-se o Viveiro do Instituto Água e Terra (IAT-PR).
Posteriormente, a sede da nova igreja foi mudada para o local onde hoje se encontra a praça da atual igreja matriz. A terceira, foi construída onde hoje reinauguramos este templo.
Cada uma das construções cumpriu com sua missão, viveu seu ciclo e foi substituída. Assim foi com a última, também.
Sentia-se a necessidade de ampliá-la e reformá-la. Várias reuniões e discussões antecederam a decisão de tornar real o sonho.
Além da participação do conselho econômico, foi eleita uma comissão para acompanhamento das obras de reforma e ampliação da igreja e buscado a aprovação de nosso bispo diocesano do Edgar Xavier Ertl.
Como em qualquer decisão de grande impacto, havia os que eram favoráveis à obra e os que eram contra. Prevaleceu a decisão da maioria.
Os arquitetos Cassio Pastre e Daniely Louisi Coelho foram convocados para projetar, inicialmente a parte da ampliação e os engenheiros Fernando e Hugo Leonardi assumiram o projeto estrutural.
Ao conhecer os planos dos arquitetos e engenheiros, muitos se assustaram, outros se animaram e a maioria aprovou-os e assim foi decidido. A ampliação seria construída.
Em março de 2017, a obra foi iniciada. Alguns continuavam céticos e se sentiam tristes em ver as demolições enquanto outros cada vez mais se animavam com as obras que andavam.
Intercalaram-se períodos em que tudo funcionava adequadamente com outros em que, por excesso de chuvas, a obra foi interrompida. Mas dentro do previsto a obra andou.
E assim foi concluída a parte estrutural da ampliação. Passava-se à segunda parte. A reforma na parte existente. Novamente várias polêmicas envolvendo os prós e contras. Contudo, sempre com muito respeito e acatando o que a maioria decidia.
Por mais que todos entendiam a necessidade das demolições, para muitos, derrubar aquelas paredes, desmanchar aquele presbitério, ruir com as belas pinturas, naquele momento, era inaceitável.
Contudo seguia-se a opinião da maioria e aceitava-se a decisão. Muita oração, muita conversa e discussões, e com as bênçãos do Criador a obra caminhava.
Infinitas reuniões, inúmeras discussões, difíceis decisões, mas sempre todas pautadas na segura inspiração do Espírito Santo, nas bênçãos de Deus Pai e entregando a condução de tudo nas mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo, os trabalhos seguiram sempre numa adequada normalidade.
Desde o início havia uma preocupação maior. Os recursos financeiros para a execução das obras. Porém, com o passar dos dias e as campanhas feitas entre todos os membros da comunidade percebeu-se que este não era um problema. Em nenhum momento faltaram recursos para que a obra continuasse.
Ninguém precisou doar mais do que podia e ninguém deixou de doar o que estava ao seu alcance. Desta forma todos puderam colaborar e contribuir para que tudo fosse concluído.
O andar das obras e a transparência na prestação de contas, feitas regularmente, davam a todos os que de alguma forma contribuíam, uma segurança importante em continuar colaborando.
A lista de pessoas que foram muito importantes para que a obra chegasse a esse momento é extensa e não cabe colocá-las aqui. Porém, citamos algumas que foram decisivas e merecem um louvor especial.
Os arquitetos Cassio e Daniely, os engenheiros Fernando e Hugo, mas de maneira muito especial o Frei Mikael Mezzomo.
Enquanto os arquitetos e engenheiros prestaram seus serviços de maneira gratuita e permitiram que hoje a comunidade salgadense possa se orgulhar da Igreja que construiu, coube ao Frei Mikael a gerência de todos os trabalhos, as decisões mais difíceis, a absorção das críticas mais ácidas, a condução das campanhas de arrecadação de fundos, dentre tantos outros trabalhos.
Desta forma, podemos assegurar que quem mais perdeu sono em razão da obra foi nosso querido Frei Mikael. Mas asseguramos também, Frei Mikael, que seremos eternamente gratos aos seus préstimos e estarás sempre nas orações de seu povo.
Com certeza a lição mais importante que esta obra nos traz é a de que uma comunidade unida consegue realizar até o que possa parecer impossível.
Parabéns a todos os que hoje sentem orgulho da obra que ajudou construir.
Parabéns comunidade salgadense pelo templo que hoje entrega ao Criador.
Que Deus, por intercessão de São Francisco de Assis, abençoe a todos os salgandenses e a todas as pessoas que visitarem esta Igreja.