No dia 24 de junho, a cooperativa de crédito completa 25 anos de sua fundação.

Adriano Michelon, superintendente da Cresol Baser: “a gente começou o Sistema Cresol com R$ 720 em 24 de junho de 1995, e hoje a cooperativa passa dos R$ 11 bilhões em ativos.”
Foto: Assessoria
Dia 24 de junho de 1995, a Cresol inicia a sua história no Sudoeste do Paraná com apenas R$ 720. Hoje, quase 25 anos depois, a cooperativa, que já está em 17 estados e conta com mais de 550 mil cooperados, já ultrapassa os R$ 11 bilhões de ativos. Muita coisa mudou de lá para cá, mas a característica de proximidade com a comunidade e com o cooperado continua da mesma forma.
No primeiro trimestre de 2020, a Cresol cresceu 33%. Nos últimos quatro anos, a cooperativa cresce em média 25%. Um terço de todos os ativos financeiros do Sudoeste do Paraná está em cooperativas de crédito. E desses 33%, 13% está na Cresol. Essas e outras informações estão nessa entrevista com Adriano Michelon, superintendente da Cresol Baser, que fala também sobre o adiamento da festa dos 25 anos da Cresol, que seria agora em junho. Segundo ele, é momento de ‘gastar energia com o fortalecimento dos cooperados’.
[relacionadas]
JdeB – Como a Cresol está agindo diante da pandemia do novo Coronavírus?
Adriano – A gente vive um momento especial. A Cresol iniciou o debate sobre o tema no início de janeiro, quando começaram os primeiros casos, a nossa assessoria econômica já dava sinais de como isso poderia chegar no Brasil e atingir o nosso quadro social. Então é um tema que já está há quase quatro meses na nossa pauta. Nesse período a gente veio se preparando, criando ferramentas, criando formas de poder atender o cooperado e também a sociedade que necessita desse apoio. Então foram desenvolvidas linhas de crédito orientadas pra isso, com desburocratização, sem necessidade de comprovação de aplicação, e ainda tivemos a felicidade de ter uma parceria bem estruturada com o BNDES, que entrou com o funding necessário, de longo prazo, pra poder apoiar o empresariado nesse momento. A gente ouve muito falar de que isso tudo vai passar, obviamente que isso vai passar, mas até isso acontecer precisamos de apoio e incentivo, para que as empresas se desenvolvam. E essa é a preocupação que a Cresol está tendo. A Cresol quer entrar na vida do empresariado e ser um parceiro. Nos momentos de crise que as cooperativas se fortalecem, e é isso que estamos fazendo agora. Cooperado ou não cooperado, temos linhas de crédito com carência de dois anos, com juros atrativos, prazo de até cinco anos, mas principalmente a gente quer ser um parceiro de longo prazo com o empresário. Essas fases passam e a gente fica. A gente quer ver o sorriso no rosto das pessoas novamente, é isso que nos motiva.
JdeB – A Cresol apresenta um crescimento significativo ano a ano. Como a cooperativa se diferencia entre as demais instituições para ganhar esse destaque?
A gente tem o privilégio de estar numa região muito cooperativada. Eu lembro que quando a gente começou a Cresol, 25 anos atrás, nós tínhamos em Francisco Beltrão a Cresol, que era a cooperativa de crédito, e oito agências bancárias. Hoje nós temos 17 pontos de atendimento cooperativo, de seis cooperativas de crédito, e as mesmas oito agências bancárias. Na verdade, são sete agências bancárias porque houve a fusão de dois bancos. Então é uma região em que o cooperativismo é muito forte, é uma região pujante. O que a Cresol busca se destacar nesse aspecto é a busca pelo relacionamento, a gente entende que o cooperado não é apenas um número, não é apenas uma ficha de matrícula, mas ele é um ser humano que precisa de atenção, nós é que temos que entender o cooperado. Está mudando muito o sistema de cooperativas de crédito, antes era muito segmentado, por faixa de renda, interior, cidade, ramo de atividade, profissional liberal, enfim, mas essa fase já passou, hoje a cooperativa precisa ter produtos para todos, ou seja, o cooperado vai escolher o que ele quer.
JdeB – Como a Cresol se insere no Sudoeste?
No Sudoeste, um terço de todos os ativos financeiros está em cooperativas de crédito. E desses 33%, 13% está na Cresol. Então hoje a gente está conseguindo ter um movimento financeiro extremamente significativo. E isso graças ao cooperado, ao trabalhador, ao empresário, ao agricultor que confia na Cresol. Eu diria que isso é aliar tecnologia e agilidade, mas principalmente o relacionamento, o cooperado é a grande razão de a Cresol existir.
JdeB – Como você avalia essa transformação da Cresol em 25 anos?
Neste ano vamos comemorar 25 anos da Cresol. E isso é um orgulho, porque a gente começou o Sistema Cresol com R$ 720. Era esse o dinheiro que tínhamos para começar a Cresol no dia 24 de junho de 1995. Pra um sistema que movimenta hoje mais de R$ 11 bilhões, é uma grande transformação. A Cresol nasceu aqui no Sudoeste, em Dois Vizinhos, em Francisco Beltrão, e isso é um grande orgulho.
JdeB – E como fica a festa de aniversário da Cresol?
A gente tinha uma série de atividades programadas para o aniversário dos 25 anos da Cresol, mas são atividades que obviamente foram todas adiadas, devido à conjuntura que estamos passando. Vamos fazer algo ainda de forma mais virtual, de forma mais local. Mas vamos aproveitar essa energia, esse tempo que não vamos gastar para organizar o aniversário, para atender ainda melhor o cooperado. A Cresol nasceu aqui e hoje está em 17 estados, são mais de 500 agências abertas no Brasil inteiro, mais de 550 mil cooperados, quase R$ 12 bilhões de ativos, um reconhecimento nacional, a gente hoje está entre os quatro maiores sistemas do País e a sede está aqui em Francisco Beltrão. Foi um desafio porque havia muita pressão pra que a sede fosse levada para uma capital, mas a gente sempre falou que precisa estar próximo das comunidades e do cooperado, e foi esse motivo que nos manteve aqui e agora fica aqui pra sempre. A Cresol não foi construída por uma ou duas pessoas, mas sim por diversas pessoas. E todos têm a sua oportunidade de dar a sua opinião, de construir, de ajustar, de poder melhorar cada vez mais.