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Francisco Beltrão
quarta-feira, 04 de junho de 2025

Edição 8.218

04/06/2025

Depois de quase ser extinto no governo Lerner, Colégio Agrícola Assis Brasil ressurge das cinzas

 

Estudantes do Paraná e Santa Catarina frequentam o colégio. 
Após três anos de estudos, estão preparados para os 
desafios da profissão como técnicos agropecuários

 

O Colégio Estadual Assis Brasil, de Clevelândia, está com matrículas abertas para os cursos técnicos ligados ao agronegócio. O colégio foi criado em 1953, com o objetivo de oferecer ensino a filhos de agricultores do Sudoeste que não tinham acesso à escola, inicialmente com o ensino primário, juntamente com noções preliminares de agricultura e pecuária. Sua inauguração oficial foi em 1956, no governo de Adolpho de Oliveira Franco. O Colégio AgrÍcola Assis Brasil já formou milhares de profissionais para o agronegócio brasileiro ao longo de sua existência. 
Na década de 90, chegou a ter apenas 12 alunos e só pela força da comunidade resistiu à intenção do então governo Lerner de fechar a escola. Somente no início de 2003, com a eleição do governador Roberto Requião, é que se iniciou um processo de reestruturação do colégio de Clevelândia, e dos outros centros de educação técnica em nível médio do Estado do Paraná. 
A instituição voltou a viver seus tempos de esplendor, com 300 alunos matriculados, 250 deles em regime de internato. Estudantes como Anderson de Quadros, de Coronel Domingos Soares, e Mateus Felipe, de Pato Branco, que passaram os últimos três anos no colégio e dão seus depoimentos sobre a importância da escola em suas vidas. Nesta semana, o colégio encerrou as atividades de 2015 com a tradicional exposição aberta ao público.

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Teoria e prática intercaladas
Assim é a rotina da escola, num sistema integrado de educação entre a teoria e a prática, como explica o professor Clori Cardoso. Engenheiro agrônomo, o professor destaca que o ensino técnico de nível médio permite ao estudante a aplicação imediata dos conhecimentos que adquire em sala de aula. Os alunos do terceiro ano são os responsáveis pela demonstração das práticas escolares durante a exposição que encerra as atividades do ano, recebendo estudantes e a comunidade regional. 
Iago Naitan, de Barracão, diz que está pronto para o mercado de trabalho lá fora. Assim também se declara Diego Bienfield, que é de Mariópolis, e afirma que os três anos no colégio mudaram sua vida. “Estou pronto para os desafios do agronegócio como um profissional importante na cadeia de produção de alimentos para o mundo”, afirma Diego Bienfield.  

Na escola todos os dias o ciclo da vida se renova
Willian Rodrigues é de Capitão Leônidas Marques e conta que todos os dias se vive na escola momentos como o do nascimento de animais. Uma experiência que agrega muito conhecimento para o futuro profissional. Jorge Vidal é de Bom Jesus, Santa Catarina. Ele conta as experiências da escola enquanto ajuda uma porca que entrou em processo abortivo por conta do estresse: “Nós temos que estar preparados para ajudar os animais aqui da escola, e aproveitamos para aplicar os conhecimento teóricos que obtemos na sala de aula”. A porca atendida por Jorge perdeu os 12 leitões da ninhada.

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